Atriz Dani Suzuki em uma de suas ações sociais.

Como não se chocar com a situação de crianças, e também de todos seus familiares e conterrâneos, que vivem em locais de guerra? Impossível não se comover perante tantas notícias, imagens e relatos de desespero, tristeza e miséria. E, para fugir da vida que já não possuem mais em seu país, dos lares destruídos e das vidas tomadas pela violência, cresce cada vez mais o número de refugiados pelo mundo.

Segundo a ONU, a guerra na Síria – que já dura há quase cinco anos –, já deixou cerca de 400 mil mortos e provocou o êxodo de mais de 4,5 milhões de pessoas do país. O número de sírios que buscam refúgio em países vizinhos só aumenta, como também a quantidade de crianças órfãs nos campos de refugiados.

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Ao pensar na situação precária – física e emocional – destas crianças, a atriz Dani Suzuki apoiou o projeto ”Além das fronteiras”, da IKMR (ONG Conheço Meus Direitos), da ONG Aldeias Infantis e do Instituto da Criança, com a finalidade de abrigar pequenos sírios no Brasil.

Dani Suzuki e seu filho Kauai, de cinco anos.

Com a ajuda da atriz, o projeto conseguiu recentemente a autorização do governo brasileiro para trazer 20 crianças sírias de campos de refugiados para o país.

Em entrevista ao Extra, Dani disse que se mobilizou ao ver a situação de Aleppo, uma das cidades sírias mais afetadas com a guerra. “Quando vi a situação, onde crianças estão sendo torturadas, estupradas e não têm um adulto por elas, pensei o que eu podia fazer e decidi procurar meus amigos artistas e instituições nessa área”, contou.

A atriz conseguiu reunir mais de 120 artistas na causa, entre eles Bruna Marquezine, Bruno Gagliasso, Paolla Oliveira e Mariana Ximenes. Segundo Dani, o dinheiro para viabilizar toda a ação vem através de doações feitas por amigos da classe artística e empresários para sua própria conta bancária, o que já acontece há anos devido seu envolvimento com ações sociais.

A atriz, que revela ter se inspirado no filho para iniciar seu projeto, pretende ir até os campos de refugiados para buscar as crianças sírias. A expectativa é de que os pequenos sejam trazidos ao Brasil em fevereiro.

Ao chegarem no país, as crianças devem ser levadas para um abrigo mantido pela ONG Aldeias Infantis, em São Paulo, com uma mãe social delas. Os pequenos não serão adotados por famílias brasileiras, pois, o projeto tem o acordo de investigar possíveis parentes das crianças e reintroduzi-las ao país de origem após o final da guerra.

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Com informações de Extra.