Aumento salarial para Procurador Geral e ministros do STF
Na semana passada a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou um aumento salarial para os ministros do Supremo Tribunal Federal que, a partir de 2017, teriam um acréscimo de R$ 5.530,00 ao mês cada um deles.
De R$ 33.763,00, eles passarão a ganhar R$ 39.293,32 mensais. O projeto de lei ainda precisa ser aprovado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). Depois disso, ele seguirá ao plenário da Casa. Se for realmente aprovado, seguirá para sanção presidencial. E quem é o nosso digníssimo presidente interino? Sim, Michel Temer.
E veja só que coincidência! Há pouco mais de duas semanas o mesmo presidente interino sancionou um projeto de lei que prevê reajustes salariais de quase 42% aos servidores do Judiciário. E sabe qual foi a reação do presidente do Supremo Tribunal Federal, o excelentíssimo senhor Ricardo Lewandowski? Ele disse que este aumento salarial ainda não seria suficiente. Sim, ele quer mais. Mais!
Se você está começando a ficar preocupado, saiba que na quarta-feira, dia 10 de agosto, os senadores da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) também aprovaram um aumento salarial para o procurador-geral da República, o senhor Rodrigo Janot. A partir de 2017, caso o presidente interino Michel Temer aprove, ele passará a ganhar o valor deR$ 39.293,38.
O Ministério Público da União (MPU) avalia que o impacto para a nossa economia, caso esses reajustes realmente sejam aprovados definitivamente, poderá chegar a mais de R$ 250 milhões. Isso porque o aumento provocará um efeito cascata na remuneração da carreira dos demais procuradores.
Eu adoraria saber como eles chegam nestes grandes valores e números quebrados para os próprios salários. Repare nos centavos. Chega a parecer que ele riem, enquanto nós, o povo, reclamamos do valor do feijão ou do preço da passagem do transporte público.
Quer evitar que isso aconteça? Proteste! Pegue as panelas de volta de dentro da pia e vá até a janela fazer barulho. Saia nas ruas e demonstre a sua indignação. E lembre-se: uma das melhores maneiras de protestar é sempre ficar bem informado.
Por Felippe Canale
Jornalista parceiro da Catraca Livre