Ausência de Lula em debate no SBT vira assunto entre candidatos
O ex-presidente da República já havia dito que não participaria do debate no SBT porque tinha dois compromissos nas periferias de São Paulo
A ausência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi o principal assunto dos presidenciáveis no começo do debate do SBT na tarde deste sábado, 24. Lula tinha informado que não iria porque teria uma agenda com dois eventos na cidade de São Paulo, um comício no Grajaú, periferia do extremo sul, e outro em Itaquera, na zona leste.
Ciro Gomes (PDT) criticou o adversário, que tem pedido pelo voto útil para a corrida eleitoral terminar no primeiro turno.
“É lamentável que um candidato que diz que tem que fazer um voto útil para enfrentar o fascismo e estigmatiza o fascismo na mão de um adversário não venha na presença do adversário mostrar o fascismo dele. Eu estou aqui. Vou denunciar a corrupção, o fascismo e, mais do que tudo, vou mostrar que o Brasil tem saída”, falou.
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Na sequência, a candidata Soraya Thronicke (União) chamou Lula de covarde: “Comparecer ao debate é uma obrigação do candidato e é um direito do eleitor. Entendo que é um ato de covardia do candidato, você pode organizar a sua agenda. A desculpa que foi dada, com todo o respeito, é uma desculpa esfarrapada. Isso é desrespeito com a população brasileira.”
Simone Tebet (MBD) também criticou. “Me espanta quem prega o voto útil correr de um debate, fugir de um debate, de se expor e falar para o Brasil quais são suas propostas”, disse.
“Como alguém pode pregar o voto útil, querer matar uma eleição no primeiro turno e não se apresentar para o Brasil? Ele quer que o eleitor dê um cheque em branco? Vote no escuro? Eu faço política há muito tempo porque, acima de tudo, temos que respeitar o voto do eleitor”, completou.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) também fez críticas a ausência do principal adversário, e ainda chamou Lula de presidiário. “A ausência do presidiário, do ex-presidiário, demonstra que ele não tem qualquer compromisso para com a população”, afirmou.
“Em 2018 eu não compareci porque estava hospitalizado por uma facada e fui massacrado pelo PT, como fujão. Perguntaria aos petistas: e agora? Qual é a justificativa? Obviamente porque ele foi muito mal no último debate. Ele deve muito, é o maior responsável pelo maior esquema de corrupção da humanidade, foi absolvido, ou melhor, foi tirado da cadeia por uma reinterpretação da segunda instância e depois foi descondenado por um amigo do Supremo Tribunal Federal. E ele é candidato. Mas não tem condições morais e éticas para ocupar a cadeira presidencial”.