‘Batalha do Conhecimento’ usa hip hop como ferramenta de transformação social
Idealizado pelo rapper Marechal, 'Batalha do Conhecimento' é versada por temas culturais e socioeducativos
Sabotagem, Mano Brown, Thaíde, Rappin Hood, Dexter e, possivelmente, mais 50 mil manos: pobres, negros, brancos, pardos, mestiços, filhos e filhas da periferia. Entre outras semelhanças, encontraram no movimento hip hop motivos para levar uma vida de superação e reconhecimento.
Entusiastas do consagrado rap nacional, seus trabalhos ganharam as rádios, viraram moda e, mais que isso, influenciaram os rumos de toda uma geração dos fundões do Brasil. Assim começa a história da Batalha do Conhecimento, projeto que reuniu 16 MC’s na última terça-feira no Museu da Arte do Rio de Janeiro (MAR).
No encontro que reuniu aproximadamente 1500 pessoas, entre blacks, roupas largas, bonés aba reta, a batalha foi versada por rimas de efeito, tomadas de engajamento social e letras educativas inspiradas no tema principal da disputa, a exposição “Do Valongo à Favela”.
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Dividida em telas, projeções e objetos que retratam a marginalização da região, que no passado era frequentada por malandros de toda arte, capoeiras, prostitutas, berço de movimentos sociais como o samba.
“Favela pede paz, lazer, cultura, inteligência não muvuca”
Idealizada pelo rapper carioca Marechal, antes de chegar ao museu, a Batalha do Conhecimento já era realizada de forma itinerante, às vezes até em outras cidades, como São Paulo. Ex-integrante do Quinto Andar, grupo de rap de Niterói, Marechal é conhecido pelo seu poder de improvisação.
Na militância pelo movimento hip hop em todo país, está à frente do projeto Vamos Voltar à Realidade (VVAR), coletivo independente que usa a música para ações socioeducativas, com palestras, distribuição de livros e projetos nas periferias de todo país.