Bebê de um ano volta todo mordido de creche em SP e pais denunciam
Os pais abriram um boletim de ocorrência denunciando a lesão corporal ocorrida na creche
Numa quarta-feira qualquer no interior de SP, um bebê de 1 ano e quatro meses foi levado para creche. Mas os pais não conseguiriam imaginar como seria o terrível desfecho desse dia. O pai do bebê recebeu uma ligação que deveria buscar o filho, pois ele estava machucado.
Os pais foram comunicados pela diretora que o bebê teria ficado numa sala de crianças maiores e que duas delas teriam mordido o bebê. Tudo isso ocorreu enquanto a professora da turma estava numa reunião e uma auxiliar era responsável pelos pequenos.
A criança foi levada ao hospital da cidade onde recebeu cuidados médicos e em seguida foi liberado. Nas fotos enviadas pelos pais a EPTV, afiliada TV Globo, são visíveis as diversas marcas nas costas e no rosto do menino. Segundo a mãe Letícia Rocha Soares, disse à emissora, o bebê teve o rosto arrastado no cimento depois de ser derrubado no chão.
Os pais registraram um boletim de ocorrência denunciando a lesão corporal que o bebê sofreu Escola Municipal Larissa Rossetti Travaglini, no bairro Castelinho, em Piracicaba (SP).
Ninguém da creche contatou a família para saber se o bebê passava bem. Segundo a mãe, na noite do ocorrido a criança teve febre, não conseguiu dormir bem e muitas vezes esticava o corpinho com dor. Ela lamenta não saber o que realmente ocorreu.
De acordo com a EPTV, o pai Nedir Soares Luiz preocupado, cobra uma investigação e medidas judiciais: “A gente quer uma resposta da creche, quer justiça e saber o que aconteceu. Porque do mesmo jeito que aconteceu com ele pode acontecer com qualquer criança”, lamenta.
Violência infantil: saiba identificar os sinais e como denunciar
Meninos e meninas são expostas a inúmero tipos de violência infantil no mundo todo. As violências e os acidentes são as maiores causas das mortes de crianças, adolescentes e jovens de 1 a 19 anos, no Brasil.
O país é líder no ranking de violência infantil da América Latina. No recorte nacional, três em cada dez pessoas conhecem pessoalmente uma criança que já sofreu violência.
No final de 2018, a Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP), em parceria com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e o Conselho Federal de Medicina (CFM), lançou a segunda edição do Manual de Atendimento às Crianças e Adolescentes Vítimas de Violência.
Este documento é destinado principalmente aos profissionais que trabalham com crianças para que sejam treinados a reconhecer rapidamente e saber como agir ao identificar sinais dos mais diferentes tipos de agressão.
O material classifica a violência infantil em três tipos principais: doméstica ou intrafamiliar, extrafamiliar e autoagressão.