Bolsonaristas jogam pedras em ônibus escolar e agridem estudante

Vídeo mostra bolsonaristas invadindo e ameaçando estudantes em Jundiaí (SP); policiais militares apenas acompanharam a situação

04/11/2022 13:51

Na manhã da última quinta-feira, 3, bolsonaristas invadiram um ônibus com estudantes em Jundiaí (SP) e agrediram o jovem Vitor Cotrim, de 18 anos. O ataque aconteceu quando o coletivo passou em frente ao 12º Grupo de Artilharia de Campanha (GAC), durante manifestação a favor do futuro ex-presidente Jair Bolsonaro.

Em entrevista à imprensa local, a vítima relatou que o ataque teve início quando os estudantes, ao passarem pela concentração bolsonarista, manifestaram-se contra o presidente derrotado. Em resposta, o grupo reagiu atirando pedra contra o vidro do ônibus, atingindo o rosto de Vitor. Não contente, o grupo bolsonarista invadiu o ônibus e continuou ameaçando outros estudantes .

“Depois de terem mirado a pedra em mim, eles bateram muito no ônibus e devem ter forçado o motorista para entrar. Não tem como julgar o motorista, mas acho que ele foi coagido, acho que ele abriu a porta depois de gritarem com ele. Nessa, eles começaram a intimidar a gente: ‘Fala agora! Fala do Lula de novo! ‘E foram intimidando gente que nem tinha falado nada e só estava sentado no ônibus seguindo viagem e querendo ir embora depois de mais um dia de aula”, relatou à vítima ao portal G1.

Estudante foi atingido por estilhaços do vidro quebrado pelas pedras – Reprodução/Twitter
Estudante foi atingido por estilhaços do vidro quebrado pelas pedras – Reprodução/Twitter

Ainda de acordo com a vítima, um carro da Polícia Militar estava estacionado ao lado do incidente, mas não esboçaram

O estudante ainda contou que havia um carro da Polícia Militar próximo ao local, mas que os agentes não esboçaram qualquer reação diante do incidente. “Eles não fizeram nada. Nada, nada mesmo. Só depois que viram que eu estava sangrando que vieram falar comigo e com o motorista. Eles disseram que, se o motorista quisesse fazer um boletim de ocorrência, eu teria que ir junto porque ia ter que fazer corpo de delito, mas foi só.”

Em possível gesto de repúdio ao episódio, a Escola Técnica Vasco Antônio Venchiarutti (ETEVAV) suspendeu as aulas nesta sexta-feira, 4.

Confira o momento da agressão: