Bolsonaro ataca ‘Folha’ por denunciar seu caixa 2 na campanha
Na mensagem publicada nas redes sociais, Bolsonaro ignora a descoberta da planilha que aponta o caixa 2 na campanha
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) atacou a ‘Folha de S.Paulo’, neste domingo, 6, por denunciar o esquema de caixa dois na sua campanha eleitoral e do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, também do PSL, em 2018.
O líder do executivo nacional afirmou que o jornal desceu “às profundezas do esgoto” ao publicar a reportagem. “A Folha de S.Paulo avançou a todos os limites, transformou-se num panfleto ordinário às causas dos canalhas”, afirmou Bolsonaro em suas redes sociais. “Com mentiras, já habituais, conseguiram descer às profundezas do esgoto”, disse.
Segundo a Folha, em depoimento à Polícia Federal, um assessor do Ministro do Turismo envolveu a campanha de Jair Bolsonaro em caixa dois. “Haissander Souza de Paula disse à PF que ‘acha que parte dos valores depositados para as campanhas femininas, na verdade, foi usada para pagar material de campanha de Marcelo Álvaro Antônio e de Jair Bolsonaro’.
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Em uma planilha, batizada como ‘MarceloAlvaro.xlsx’, menciona-se o fornecimento de material eleitoral para a campanha de Bolsonaro com a expressão ‘out’. Para os investigadores, isso significa pagamento ‘por fora’.
O laranjal funciona assim: candidatas mulheres recebiam dinheiro eleitoral, mas desviavam para outros candidatos.
Apesar do indiciamento do ministro, Bolsonaro assegura que vai mantê-lo no cargo.
Na mensagem publicada nas redes sociais, Bolsonaro ignora a descoberta da planilha e chama Haissander, homem de confiança de Marcelo Álvaro Antonio, de “tal assessor”. Além de não citar a planilha, o presidente não contesta a existência do depoimento à PF.
De acordo com o presidente, sua campanha arrecadou R$ 4 milhões pela internet e usou metade do valor. Segundo ele, foi feita uma tentativa de doação da sobra de R$ 2 milhões, o que não era permitido pela legislação.
Bolsonaro disse que não usou dinheiro do fundo partidário na corrida eleitoral do ano passado. Na verdade, ele fazia referência, não ao fundo partidário, mas ao fundo eleitoral, que distribuiu R$ 1,7 bilhão às campanhas dos partidos.
Para mais informações veja a reportagem completa da ‘Folha de S. Paulo’ aqui.