Bolsonaro cita bíblia e diz que vídeo não mostra ‘nenhum indício de interferência’
Para Bolsonaro, divulgação do vídeo desmente farsa sobre sua tentativa de interferência na PF
Em meio à repercussão da divulgação do vídeo ministerial, o presidente Jair Bolsonaro se manifestou sobre o assunto em uma rede social no inicio da noite desta sexta-feira, 22.
Segundo ele, o conteúdo serve apenas desmentir mais uma “farsa” e garante não haver “indício de interferência na Polícia Federal”.
A divulgação da reunião integra um inquérito aberto pelo STF, a pedido da PGR, no curso das investigações que tem Celso de Mello como relator do caso.
Realizada no dia 22 de abril, a reunião teve participação de Jair, o vice Hamilton Mourão, ministros e outras autoridades do governo.
STF divulga vídeo apontado como prova das acusações de Moro contra Bolsonaro I Parte 1 e 2
Confira os primeiros trechos do vídeo apontando como prova pelo ex-ministro Sergio Moro de que Bolsonaro tinha a intenção de interferir na autonomia da Polícia Federal 👇🏽💣
Posted by Catraca Livre on Friday, May 22, 2020
Interferência na PF
No trecho divulgado por Bolsonaro, ele fala sobre a possibilidade de interferir nos ministérios e reclama por não receber informações privilegiadas da Polícia Federal.
“Eu não posso ser surpreendido com notícias, pô. Eu tenho a PF que não me dá informações; eu tenho as inteligências das Forças Armadas que não tenho informações; a Abin tem os seus problemas, tenho algumas informações. Só não tem mais porque tá faltando realmente, temos problemas, pô! Aparelhamento etc. Mas a gente num pode viver sem informação”, disse o presidente.
“E informação é assim. Eu tava vendo, estudando em fim de semana aqui como é que o serviço chinês, secreto, trabalha nos Estados Unidos. Qual a preocupação nossa aqui? É simples o negócio. ‘A, não deve publicamente’. Devo falar como? Tá todo mundo vendo o que tá acontecendo”.
Apesar disso, Bolsonaro omitiu a parte em que fala sobre proteger sua família e amigos, quando cita a necessidade de trocar o superintendente da Polícia Federal no Rio de Janeiro, ressaltando que não iria esperar “foder minha família toda de sacanagem, ou amigo meu.”