Bolsonaro corta incentivo a turismo LGBT de Plano Nacional

Texto original previa "sensibilizar o setor para a inclusão das pessoas idosas e do público LGBT no turismo"

O governo Bolsonaro publicou nesta quarta-feira (15) um decreto que cria o Plano Nacional de Turismo 2018-2022, que havia sido elaborado durante o governo de Michel Temer.

O novo texto retira o incentivo ao turismo LGBT. A informação é do jornalista Guilherme Amado, da “Época”.

Texto original previa “sensibilizar o setor para a inclusão das pessoas idosas e do público LGBT no turismo”
Créditos: palliki/iStock
Texto original previa “sensibilizar o setor para a inclusão das pessoas idosas e do público LGBT no turismo”

O plano original, elaborado na gestão do então ministro Marx Beltrão, previa “sensibilizar o setor para a inclusão das pessoas idosas e do público LGBT no turismo”. Agora, elas se restringem ao público idoso sem nenhuma menção ao público gay.

O plano original, ainda disponível no site do ministério, explicava que os turistas LGBT representam 10% dos viajantes no mundo e movimentam 15% do faturamento do setor, segundo dados da OMT (Organização Mundial do Turismo).

“Essa visão traz, para além dos benefícios econômicos, benefícios sociais que se expressam tanto para os destinos como para os viajantes LGBT. O destino pode associar sua imagem à tolerância, inclusão e diversidade e o turista LGBT tem sua experiência melhorada em um ambiente amigável e preparado para recebê-lo livre de preconceito”, dizia o texto.

Tudo isso foi suprimido do decreto publicado nesta quarta-feira no “Diário Oficial da União”.

Em abril, durante um café da manhã com jornalistas, no Palácio do Planalto, o presidente Bolsonaro disse que o Brasil “não pode ser o País do turismo gay”.