Bolsonaro debocha de Flávio Dino e recebe a melhor resposta

“Cercadinho não é lugar para discutir coisa séria como o desemprego”, afirmou o governador do Maranhão que propôs Pacto Nacional pelo Emprego.

28/07/2020 17:20

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) debochou da proposta Pacto Nacional pelo Emprego, feita pelo governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB) e recebeu a melhor resposta do comunista, nesta terça-feira, 28.

Bolsonaro debocha de Flávio Dino e recebe a melhor resposta
Bolsonaro debocha de Flávio Dino e recebe a melhor resposta - Agência Brasil e Agência Brasil

“Tem governador agora que quer que eu faça um pacto pelo emprego. Mas ele continua com o estado dele fechado”, disse o Bolsonaro durante conversa com apoiadores na saída do Palácio do Alvorada, residência oficial da Presidência, nesta terça.

No dia em que o país registra mais de 87 mil mortes por causa do novo coronavírus, Bolsonaro segue criticando as medidas de proteção à população, tomadas pelos governadores, que, segundo todos os estudos científicos, caso não fossem tomadas, o Brasil teria pelo menos o dobro de mortos.

O governador do Maranhão Flávio Dino, rebateu o deboche cínico com que Bolsonaro tratou o drama enfrentado por milhões de brasileiros, que estão sem emprego e sem renda por conta da crise econômica agravada  pela política desastrosa adotada pelo governo no enfrentamento da pandemia de covid-19.

“Considero que o desemprego não é assunto a ser tratado com ironias”, disse o governador, em mensagem no seu twitter. “Espero que o presidente da República leve a sério a urgência de ações efetivas. É impossível tratar do tema no “cercadinho” do Alvorada. Por isso, insisto na ideia do Pacto Nacional pelo Emprego”, reafirmou Flávio Dino.

“Considerando este cenário desafiador, gostaria de sugerir uma reunião liderada por V. Exa. com os governadores e os presidentes das confederações empresariais e centrais sindicais para que possamos construir um ‘Pacto Nacional Pelo Emprego’, com medidas emergenciais de geração de emprego e renda”, escreveu Flávio Dino.