Bolsonaro debocha de vacina contra varíola do macaco no Flow
Bolsonaro ainda debochou do apresentador que afirmou que tomaria o imunizante
Nesta segunda-feira, 8, durante uma entrevista ao Podcast Flow, o presidente Jair Bolsonaro (PL) debochou da vacina contra a varíola do macaco de forma preconceituosa ao associá-la à homossexualidade.
Bolsonaro fez piada e riu intensamente durante a conversa com Igor 3K. O presidente ainda debochou do apresentador que afirmou que tomaria o imunizante.
Durante a conversa, Bolsonaro caiu na gargalhada e declarou, em tom pejorativo, de que “eu tenho certeza de que você quer tomar a vacina”.
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O Brasil receberá 50 mil doses de vacina por meio de uma compra conjunta entre países americanos organizada pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas). Segundo o Ministério da Saúde, é prevista a entrega de pouco mais de 20 mil doses, em setembro, e o restante em novembro.
Veja com seus próprios olhos, o momento da imbecilidade de Bolsonaro:
Varíola do macaco: transmissão sexual não pode estigmatizar homossexuais
Na tarde do dia 27 de julho, a Organização Mundial da Saúde (OMS) realizou uma reunião para anunciar o que se sabia e quais medidas de controle deveriam ser implementadas contra o surto mundial da varíola dos macacos (monkeypox). Na ocasião, Tedros Adhanom, o diretor-geral da OMS, pediu para “homens que fazem sexo com homens” diminuírem o número de parceiros.
A declaração foi dada depois que a revista científica “New England Journal of Medicine” divulgou que 95% dos casos da doença foram transmitidos durante o sexo, segundo estudo realizado pela Queen Mary University of London.
Dos infectados, 98% eram homens gays ou bissexuais com idade média de 38 anos e 41% tinham HIV. Os cientistas avaliaram 528 pessoas em 16 países, entre 27 de abril e 24 de junho de 2022.
Segundo Gerson Salvador, médico infectologista e especialista em saúde pública, o alerta foi dado por ainda se saber pouco sobre a doença. Por isso, fundamentado no estudo, homens que fazem sexo com homens (HSH) apareciam como a “população mais vulnerável”.
“A gente tem que evitar a estigmatização. Qualquer pessoa pode pegar com contato direto com as lesões”, disse Salvador em entrevista à Catraca Livre. “Quando a gente fala de vulnerabilidade, reconhece que essa população também precisa de mais cuidados e é para quem as medidas preventivas devem ser voltadas neste momento.”
Vale ressaltar que a varíola do macaco não é uma infecção sexualmente transmissível (IST), mas pode, como uma gripe, ser transmitida em uma relação sexual devido à proximidade e à troca de fluidos.
Para saber mais sobre a transmissão, cuidados com a varíola do macaco e a relação da doença com pessoas homossexuais, acesse o link abaixo.