Bolsonaro defende sua ida à maçonaria e diz não ter nada contra
"O que eu tenho contra maçom? Não tenho nada", declarou o presidente
O presidente Jair Bolsonaro (PL) se defendeu quanto as críticas que recebeu por ter ido a uma loja da maçonaria, durante uma transmissão ao vivo, em suas redes sociais, nesta quarta-feira, 5 e disse não ter nada contra.
“O que eu tenho contra maçom? Não tenho nada”, declarou o presidente.
A campanha de Bolsonaro, que tenta reeleição, teme que a repercussão do vídeo antigo atrapalhe o crescimento necessário do presidente para ganhar a disputa contra Luís Inácio Lula da Silva (PT), no próximo dia 30. A ida à maçonaria não é bem vista entre os cristãos, eleitorado forte de Bolsonaro.
“Ele sentiu o golpe”, disse um interlocutor ao Broadcast Político, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, sobre a reação do presidente.
“Está aí na mídia agora, o pessoal me criticando porque fui a uma loja maçom em 2017. Fui, sim, fui numa loja maçom, acho que foi a única vez que eu fui na loja maçom. Eu era candidato a presidente, pouca gente sabia. E um colega falou “vamos lá”, e eu fui lá. Acho que foi aqui em Brasília, fui muito bem recebido. Tudo bem, me trataram bem”, disse Bolsonaro, na live. “E eu sou presidente de todos, e ponto final. Fui de novo? Não fui. Agora, eu sou o presidente de todos. Isso, agora, a esquerda faz um estardalhaço. O que eu tenho contra maçom? Não tenho nada”, emendou o presidente.
Aliados de Bolsonaro dizem que a campanha deve reagir com “algo mais pesado” contra Lula, após o vídeo na maçonaria ter viralizado.
No primeiro turno da eleição, foram divulgadas fake news sobre o fechamento de igrejas caso o Lula seja eleito. Além disso, Bolsonaro e seus apoiadores tem associado Lula a Daniel Ortega, que governa a Nicarágua e, segundo o presidente, se trata de uma ditadura que tem perseguido padres.