Bolsonaro diz que nazismo é de esquerda e é corrigido
Declaração foi dada durante sua visita ao Centro de Memória do Holocausto, em Israel
Depois de visitar nesta terça-feira, 2, o Yad Vashem, o Centro de Memória do Holocausto, em Jerusalém, o presidente, Jair Bolsonaro, afirmou “não ter dúvidas” de que o nazismo foi um movimento de esquerda.
A afirmação polêmica foi feita em entrevista coletiva ao final de sua agenda oficial.
A declaração do presidente, no entanto, vai contra ao que o próprio museu que visitou afirma. O centro de memória do Holocausto diz em seu site que o Partido Nazista da Alemanha era um entre vários “grupos radicais de direita”.
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“Não há dúvida, né? Partido Socialista, como é que é?”, respondeu Bolsonaro quando indagado por um repórter se concordava com a declaração do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, dada recentemente, em seu blog, Metapolítica 17, de que o nazismo foi um movimento de esquerda.
“Partido Nacional Socialista da Alemanha”, completou Bolsonaro ao ser lembrado qual seria o nome oficial do partido nazista, de Adolf Hitler. Mas, na verdade, o nome é Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães.
Mesmo tendo socialista no nome, a prática do partido de Hitler não era de esquerda. Além do museu, o complexo Yad Vashem abriga um importante centro de pesquisas sobre o período nazista.
Lá a instituição traz um breve histórico sobre a ascensão do partido nazista na Alemanha entre guerras e explica o que Bolsonaro insiste em não entender.
O museu explica que havia um clima de frustração na Alemanha após a Primeira Guerra e, “junto a intransigente resistência e alertas sobre a crescente ameaça do Comunismo, criou solo fértil para o crescimento de grupos radicais de direita na Alemanha, gerando entidades como o Partido Nazista”.