Bolsonaro exalta assassinato de Che Guevara e ataca sua memória

O presidente chamou o líder da revolução cubana de 'facínora' e disse que ele 'só inspira marginais, drogados e a escória da esquerda'

Enquanto o Brasil se aproxima de 150 mil mortes provocadas pelo novo coronavírus, nesta sexta-feira, 9, o presidente Jair Bolsonaro foi às redes sociais exaltar o assassinato e atacar a memória de Ernesto Che Guevara, um dos líderes principais da Revolução Cubana (1959), no dia em que se completa 53 anos do seu assassinato na Bolívia.

Bolsonaro exalta assassinato de Che Guevara e ataca sua memória
Créditos: Agência Brasil e Reprodução
Bolsonaro exalta assassinato de Che Guevara e ataca sua memória

“Morria na Bolívia o facínora comunista Che Guevara, cujo legado só inspira marginais, drogados e a escória da esquerda. Com seu fim, o comunismo perdia força na América Latina, mas voltaria via Foro de SP, o qual seguimos combatendo”, escreveu Bolsonaro pelo Twitter.

O presidente ainda ironizou ao lembrar a partida da Seleção Brasileira contra a Bolívia na noite desta sexta. “Hoje tem Brasil x Bolívia”, escreveu.

O deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ) fez questão de lembrar das 150 mil mortes. ‘”É inacreditável que Presidente perca seu tempo postando algo tão ignorante perante aos fatos históricos. Facínora é quem tem 150 mil mortes nas mãos. Que tal dedicar o seu tempo pra renda básica, saúde, educação e enfrentar a pandemia? Mas não. Só reproduz ódio e desinformação”, tuitou.

O deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) criticou a publicação de Bolsonaro e apontou as pessoas que o presidente se alia, ironizando quem o presidente escolhe ter ao lado. “Exemplos inspiradores são: Pastor Everaldo que batizou vocês no Rio Jordão e está preso, a deputada Flor de Lis, guia espiritual da família, o Queiroz e esposa que pagavam as despesas de vocês inclusive da Micheque, a mãe e a mulher do Capitão Adriano e o torturador Ustra !!”, escreveu o deputado.