Bolsonaro finalmente se manifesta sobre atentado em Brasília

'Nada justifica tentativa de ato terrorista', em última live do mandato

O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a fazer suas lives e disse nesta sexta-feira, 30, que “nada justifica a tentativa de ato terrorista” em Brasília, como a que aconteceu no Natal, quando um homem plantou um explosivo em um caminhão de combustível perto do aeroporto da capital federal.

Bolsonaro finalmente se manifesta sobre atentado em Brasília
Créditos: Reprodução/Facebook
Bolsonaro finalmente se manifesta sobre atentado em Brasília

Depois de semanas sem fazer a sua já tradicional live semanal, Bolsonaro voltou às redes sociais para fazer um balanço de seu mandato, que termina no sábado.

Pra iniciar a live, Bolsonaro reclamou que atitudes de violência política no país sempre são atribuídas a “bolsonaristas”, e aí condenou a tentativa de  atentado em Brasília.

Porém, George Washington, o homem preso por colocar a bomba, contou a polícia que participou de atos antidemocráticos realizados por apoiadores de Bolsonaro e revelou ainda que queria, mesmo,  iniciar o “caos” por motivação política.

“Hoje em dia, se alguém comete, um erro é bolsonarista. Nada justifica, aqui em Brasília, essa tentativa de ato terrorista na região do aeroporto”, afirmou o presidente. “O elemento que foi pego, graças a Deus, que não coaduna com nenhuma situação, mas classificam como bolsonarista. É o modo de tratar”, completou.

O presidente ainda falou sobre democracia e disse que não tem participação em atos antidemocráticos em frente aos QGs do Exército.

Bolsonaro disse que buscou “dentro das quatro linhas da Constituição”, uma forma de questionar o resultado das eleições, mas que não teve apoio e por isso não conseguiu levar a ideia adiante.

“Está prevista a posse agora no dia 1º de janeiro. Eu busquei dentro das quatro linhas, dentro das leis, respeitando a Constituição, uma saída pra isso aí. Se tinha alternativa, se a gente poderia questionar alguma coisa dentro das quatro linhas”, afirmou.

“Mesmo dentro das quatro linhas temos que ter apoios. Alguém acha que é pegar uma caneta BIC e assinar?”, questionou o presidente. “Agora, certas medidas têm que ter apoio do parlamento, de alguns do Supremo, de outros órgãos, de outras instituições”, disse Bolsonaro em um trecho mais à frente da live.

Para ele, “ou vivemos em uma democracia ou não vivemos [em uma democracia]”.

“Sei que muita gente me critica por isso. Mas eu nunca saí das quatro linhas. Ou vivemos na democracia ou não vivemos. Ninguém quer isso aí”, completou Bolsonaro.