Bolsonaro propõe resgate da educação moral e cívica nas escolas

Criadas em 1969, educação moral e cívica

Quais são as propostas de Jair Bolsonaro para o futuro da educação ? Voltar ao passado. Ao menos é o que indica um dos planos do eventual governo para a pasta, que propõe o resgate de disciplinas como educação moral e cívica e organização social e política às salas de aula de todo o país.

Criadas na ditadura militar, o objetivo é reforçar o civismo, culto à pátria e ética, por meio do ensinamento de hinos e símbolos nacionais. “A gente defende o resgate de valores, não só da disciplina, mas valores da nacionalidade que ficaram perdidos no caminho e que não foram incutidos na cabeça da criança e do jovem. O amor à verdade, lealdade, responsabilidade”, disse General Mourão em entrevista à Folha de S.Paulo.

Ambas as disciplinas se tornaram obrigatórias na grade curricular dos ensinos fundamental e médio, em 1969, substituindo sociologia e filosofia – e tiveram respaldo com a promulgação do Ato Institucional nº 5.

Esta, entretanto, não é a primeira vez que as disciplinas ganham destaque no debate político dos dias atuais. Nos últimos anos, inúmeros projetos na Câmara dos Deputados tentaram resgatar as disciplinas, sobretudo na região sul – ainda que sem sucesso.

Brasília – Deputado Jair Bolsonaro discursa durante sessão para eleição do presidente da Câmara dos Deputados e demais membros da mesa diretora ()
Créditos: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Brasília – Deputado Jair Bolsonaro discursa durante sessão para eleição do presidente da Câmara dos Deputados e demais membros da mesa diretora ()

A proposta foi citada, inclusive, no último fim de semana, por Eduardo Bolsonaro, filho do presidenciável. Segundo ele, o hino brasileiro voltará a ser cantado em 2019. Os projetos do governo para a educação vão além e sugerem, ainda, a “militarização do ensino”, ampliando o número de escolas militares – incluindo a presença de oficiais nos colégios sob a justificativa de manutenção da “ordem, disciplina e respeito”.

As sugestões de mudanças em discussão na campanha de Bolsonaro não param por aí. O capitão reformado e o vice já afirmaram que pretendem ampliar o número de escolas militares e sua equipe propõe o que chama de “militarização do ensino”, replicando o sistema dos colégios militares na rede pública.

Segundo o general Osvaldo Ferreira, coordenador dos grupos técnicos de Bolsonaro, essa proposta inclui ainda a presença de oficiais nos colégios para manter “a ordem, a disciplina e o respeito”.

Outra medida visa a ampliação da carga horária dos alunos, esticando os turnos de quatro para seis horas por dia e o número de dias letivos de 200 para 230 dias por ano. Confira a matéria completa no site da Folha de S.Paulo.