Bolsonaro se iguala a Dilma e a Lula no caso do Bispo Edir Macedo
Com a promessa de uma nova política, o presidente decepcionou seu eleitorado ao conceder passaporte diplomático ao dono da Record TV
Quem votou em Jair Bolsonaro (PSL) nas eleições de 2018 para a Presidência da República acreditava na promessa de uma nova política e de uma nova conduta por parte do Legislativo brasileiro. Mas o começo da gestão bolsonarista não parece refletir tais comprometimentos.
Nesta segunda-feira, 15, por meio do ministério das Relações Exteriores, a gestão Bolsonaro concedeu passaporte diplomático para Edir Macedo, líder da Igreja Universal do Reino de Deus, e sua mulher, Ester Eunice Rangel Bezerra. A atitude de Bolsonaro enfureceu as redes sociais.
https://twitter.com/socorro2022/status/1117837015645597697
Se a promessa de Bolsonaro era acabar com a mamata, resta saber a mamata de quem. De um líder religioso, talvez não.
Inclusive, com a atitude, o presidente se iguala a Lula e a Dilma que, em 2006 e em 2011, respectivamente, concederam o mesmo privilégio a Macedo.
O interessante, agora, é ver uma briga sem sentido entre lulistas e bolsonaristas nas redes sociais. Os primeiros acusam Bolsonaro de privilegiar Edir Macedo, em troca de poder na Record TV; enquanto que os segundos se defendem das acusações, com a prerrogativa infantiloide de que Lula e Dilma fizeram primeiro.
No fim, Lula, Dilma e Bolsonaro fizeram a mesma coisa. Não dá para apontar dedos, de nenhum lado.
O que dá para afirmar no momento é que os maiores decepcionados são, sem dúvida, os apoiadores do presidente, que esperavam de seu líder uma nova postura com relação a privilégios políticos.