Bolsonaro afirma que não tomará vacina

Declaração foi dada em entrevista à rádio "Jovem Pan"

13/10/2021 12:54 / Atualizado em 14/10/2021 13:08

Depois de ser barrado na entrada do jogo entre Santos e Grêmio por não estar vacinado contra a covid-19, no último domingo, 10, Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que não tomará o imunizante. A declaração foi dada em entrevista à rádio Jovem Pan, na noite da última terça-feira, 12.

Contrariando especialistas, o presidente defendeu que já tem anticorpos contra a doença por ter contraído o coronavírus. Segundo ele, a vacinação desnecessária para quem foi infectado.

O presidente Jair Bolsonaro durante anúncio de avanços no programa federal de habitação, o Casa Verde e Amarela.
O presidente Jair Bolsonaro durante anúncio de avanços no programa federal de habitação, o Casa Verde e Amarela. - Marcelo Camargo/Agência Brasil

“No tocante à vacina, eu decidi não tomar mais a vacina. Eu estou vendo novos estudos, eu estou com o meu, a minha imunização está lá em cima, IGG está 991”, disse o presidente.

“Para que eu vou tomar uma vacina? Seria a mesma coisa que você jogar na loteria R$ 10 para ganhar R$ 2. Não tem cabimento isso daí.”

Quando foi impedido de entrar na Vila Belmiro, o presidente disse que não precisava de “passaporte da vacina”, apesar de ser exigido de todos os brasileiros.

“Eu queria ver o jogo do Santos agora, e falaram que tinha que estar vacinado. Pra que isso? Eu tenho mais anticorpos do que quem tomou vacina”, disse visivelmente chateado.

A importância da vacina

CoronaVac passará a ser aceita nos EUA
CoronaVac passará a ser aceita nos EUA - Breno Esaki/Agência Saúde DF

Embora nenhuma vacina proteja 100%, se vacinar é muito importante para reduzir os riscos de uma doença grave e até de morte. Casos de óbito após a imunização completa são excepcionalmente raros.

Dados do Ministério da Saúde, mostram que ocorre uma morte a cada 25 mil pessoas que tomaram as duas doses da vacina, o que representa 0,004%.

Aos que já foram infectados com a covid-19, vale ressaltar que a vacinação produz imunização mais duradoura do que a natural provocada pela doença, além de ser eficaz contra variantes do vírus.