Brasil começa a discutir uso medicinal e recreativo de maconha
Senadores e autoridades internacionais se reúnem dia 2 para debater a regulamentação do uso, da produção e da venda de maconha; acompanhe a discussão
A regulamentação da maconha começará a ser discutida no Brasil. Uma audiência pública marcada para a próxima segunda-feira, 2, vai reunir no Senado Federal parlamentares e autoridades internacionais para debater a regulação do uso medicinal e recreativo da maconha.
O debate será realizado durante a sessão da Comissão de Direitos Humanos do Senado e contará com as presenças de Julio Calzada, Secretário Geral da Secretaria Nacional de Drogas da República Oriental do Uruguai, Rafael Franzini Batle, representante do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime e Vitore André Zílio Maximiano, Secretário Nacional de Políticas sobre Drogas do Ministério da Justiça.
A audiência acontece às 9h, na sala 2 da ala Senador Nilo Coelho, no Senado Federal. Quem quiser pode acompanhar pelos meios de comunicação do Senado Federal.
- Quebec aumenta vacinação em 400% após vetar maconha e álcool a não vacinados
- 3 histórias de atletas paralímpicos beneficiados pelo uso do CBD
- Você sabia que pela 1ª vez na história das Olimpíadas, maconha não será doping
- México descriminaliza uso recreativo da maconha
Iniciativa popular
O debate tem como origem uma iniciativa popular feita por meio do Portal e-Cidadania. O texto propõe a regulamentação do consumo da erva para os usos medicinal, recreativo e industrial, dando a ela tratamento semelhante ao de outras drogas, como cigarro e álcool.
A proposta, de autoria do cidadão André de Oliveira Kiepper, reuniu o apoio de 20 mil pessoas e foi passada pela Comissão de Direitos Humanos ao senador Cristovam Buarque (PDT-DF), que relatou a Sugestão 8/2014 e criou até um site para “ampliar e aprofundar a discussão sobre a maconha”.
“Embora seja um tema no qual sou leigo, não vou fugir da indicação, temendo a polêmica em torno dela. Vou aprofundar o assunto através de audiências públicas e debates, inclusive aqui. Só me recusaria se o tema fosse irrelevante, mas ele é relevante. Quero analisar em primeiro lugar o risco de que a legalização possa ampliar o consumo; depois, se há realmente vantagem científica e medicinal; ainda mais, o impacto da legalização na redução de violência; também quero saber se o sentimento nacional deseja está legalização ou ainda não estaria preparado”, declarou o parlamentar em seu perfil no Facebook.
Via Agência Senado.