Brasil deve receber nova punição por gritos homofóbicos
No Brasil que vai à Copa da Rússia em 2018, uma morte LGBT é registrada a cada 28 horas. Apesar disso, na última terça-feira, 28, gritos homofóbicos voltaram a ecoar das arquibancadas da Arena Corinthians, em São Paulo, onde a seleção venceu o Paraguai por 3 a 0.
A vitória em campo, contudo, não apaga o revés da intolerância que, sob os gritos de “bicha” direcionados ao goleiro Antony Silva, justifica o motivo do País do Futebol ser considerado o lugar mais perigoso para homossexuais no mundo. O que mais mata.
Ainda que avisos do locutor da arena pedissem respeito ao adversário, ao salientar que”Futebol não combina com falta de respeito”, aos 17 minutos do primeiro tempo, a partida foi marcada novamente pelos insultos.
Se confirmada a punição, esta não será a primeira vez que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) pagará multa à Fifa. Em outubro, na partida entre Brasil e Colômbia, na Arena Amazônia, Manaus, as ofensas custaram 20 mil francos suíços aos cofres da entidade.
A punição faz parte de um programa da Federação Internacional de Futebol contra a discriminação racial e social no esporte. Com o apoio da Fare Network, a Fifa monitora e tem multado confederações por atos racistas e homofóbicos. Além do Brasil, já foram punidas as federações de Honduras, Albânia, El Salvador, Itália, México, Peru, Paraguai, Argentina, Canadá e Chile.