Caloura é assediada e recebe ‘banho’ de diesel em trote

Já há algum tempo, a recepção dos calouros é conhecida por suas “brincadeiras” pesadas. Nesta segunda-feira, 8, houve outro caso violento que repercutiu na mídia.

Segundo o Estadão, uma caloura de 18 anos foi encontrada alcoolizada e desacordada em frente a uma faculdade em Sorocaba, no interior de São Paulo. Ela participava de um trote organizado por alunos da Faculdade de Engenharia de Sorocaba (Facens), quando veteranos a obrigaram a ingerir bebida alcoólica e tentaram beijá-la a força. Após resistir ao assédio sexual, a vítima explicou que um outro estudante jogou óleo diesel em seu corpo.

Veteranos jogaram o óleo no corpo da vítima
Créditos: Getty Images/iStockphoto
Veteranos jogaram o óleo no corpo da vítima

De acordo com o G1, em seguida, ela resolveu ir embora do trote e não se lembra de mais nada. A universitária foi socorrida pelo Samu e levada para uma unidade de pronto atendimento.

Em Sorocaba, há uma lei municipal que proíbe trotes universitários – a multa varia entre R$ 1 mil e R$ 20 mil. A faculdade se manifestou sobre o caso. Veja a nota na íntegra:

A Facens lamenta profundamente o trote praticado, fora do campus da Faculdade, contra duas calouras na última segunda-feira, 6 de fevereiro. A Facens reitera que comunicou por meio de avisos e carro de som, antes e nos primeiros dias de aula, que o trote é ilegal, proibido por lei e com punições conforme regimento interno.

A Facens está empenhada na apuração dos fatos. A Facens incentiva o trote solidário que, neste ano, sugere a calouros e veteranos ações que envolvem doações de alimentos não perecíveis (macarrão, arroz, feijão e óleo de cozinha), de itens de higiene (papel higiênico, pasta de dente, escova de dente, sabonete e esponja), de lixo eletrônico (cabos de computadores e celulares e outros aparelhos eletrônicos), de livros paradidáticos infantis, além da limpeza de um parque ou de uma praça e da participação no campeonato Intercalouros.”

  • Os casos de assédio sexual em trotes – e em outras situações – são frequentes. Assim, é importante reportá-los à polícia. Saiba como agir aqui.