Câmara pode votar proibição de animais em circos no Brasil

A lei que proíbe a exploração de animais em circos em todo o país está pronta para ser votada. O texto tem como objetivo impedir que espetáculos circenses burlem legislações municipais e se instalem em cidades e estados sem leis específicas.

Ela prevê ainda a implantação de um cadastro nacional de animais mantidos sob a guarda de circos e confere um prazo de oito anos para que estes animais sejam encaminhados para locais com estrutura para recebê-los, como zoos, ONGs e santuários.

O projeto ressalta ainda a “impossibilidade, por melhor que seja a intenção dos artistas e administradores de circos, de se considerar humanitário o tratamento dispensado a animais que passam toda a vida confinados em cativeiro impróprio (…) e que se submetem ao estresse do adestramento, das apresentações e das viagens constantes”.

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O texto conta com a corroboração do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (IBAMA), órgão público responsável pela fiscalização de circos, que denuncia os flagrantes maus-tratos e demonstra preocupação com a origem dos animais abusados nos espetáculos.

Roberto Cabral, coordenador das operações de fiscalização do Ibama, conta que o número de animais em circos foi reduzido, mas lembra que nos últimos anos nove tigres, sete elefantes, 12 ursos, três leões, três chimpanzés, uma zebra e duas girafas foram resgatadas pelo órgão.

“O que está por trás das lonas é muito mais feio”, disse Cabral em entrevista à Jovem Pan. “A posição do Ibama é pela proibição da utilização de animais em circo. Notamos que é impossível compatibilizar bem-estar animal e segurança do público com a atividade do circo”, conclui.

Confira o final desta história e outras notícias inspiradoras sobre animais na ANDA (Agência de Notícias de Direitos Animais).

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