Campanha da SPTrans considerada racista será avaliada pelo Conar

Segundo a denúncia, a peça publicitária liga a prática da pedofilia às pessoas negras

Em março, uma das reuniões do Conselho do Ética do Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) irá avaliar se uma campanha publicitária feita em novembro de 2016 pela São Paulo Transportes (SPTrans) tem teor racista.

A denúncia foi enviada no ano passado e refere-se à edição 1016 do Jornal do Ônibus, informativo que a SPTrans disponibiliza nos veículos da capital paulista. A campanha foi criada com o objetivo de alertar a população sobre o problema da pedofilia e incentivar as pessoas a denunciar. Na peça, uma criança tem a boca tapada por uma mão negra.

Campanha contra pedofilia foi criada pela SPTrans

Segundo a denúncia, a peça publicitária liga a prática da pedofilia às pessoas negras. Na época da divulgação da campanha, o Conar não julgou necessário conceder uma liminar para interromper a divulgação da peça nos ônibus da cidade.

Ao Catraca Livre, a assessoria de imprensa do Conar confirmou que o julgamento do caso será realizado possivelmente nas primeiras semanas de março.