Campanha do governo contra xenofobia é criticada nas redes sociais

Nesta terça-feira, 13, o Ministério da Justiça começou a veicular uma campanha contra a xenofobia e o preconceito a migrantes, o que causou revolta entre os internautas e foi alvo de inúmeras críticas nas redes sociais. As informações são do site ‘O Globo‘.

Na peça, o jovem negro Matheus Gomes, de 18 anos, aparece sorridente com os seguintes dizeres ao lado de sua foto: “Meu avô é angolano, meu bisavô é ganês. Brasil. A imigração está no nosso sangue”. Com o cartaz, havia a seguinte mensagem: “há cinco séculos, imigrantes de todas as partes ajudam a construir nosso país”.

Logo que a publicação foi divulgada, as páginas do Ministério receberam mensagens negativas. De acordo com os internautas, a campanha confundiu imigração com escravidão.

De acordo com os internautas, a campanha confundiu imigração com escravidão

O argumento de defesa do Ministério da Justiça é que a escravidão foi abolida há 127 anos e o tráfico negreiro acabou em 1850, data em que a Lei Eusébio de Queirós proibiu a entrada de novos escravos no país. Os responsáveis afirmam que o cartaz não será retirado de circulação e que a campanha prosseguirá com novos cartazes.

“O Ministério da Justiça apoia a importante discussão sobre a escravidão na nossa história. (…) O governo promove diversas medidas de inclusão para reverter essa triste herança”, afirma o órgão em nota. De acordo com eles, o objetivo da campanha é combater a xenofobia e, para isso, “abordará várias histórias de brasileiros e brasileiras que são descendentes de nacionalidades as mais diversas – incluindo africanas, latino-americanas, europeias, asiáticas”.

Ao todo, serão veiculados nove retratos com brasileiros que falam sobre a origem de seus antepassados. A ação foi motivada por casos recentes de preconceito e violência contra imigrantes e refugiados.