Campanha #IstoÉMachismo critica reportagem da revista IstoÉ

Reportagem de capa da nova edição rendeu críticas à revista e campanha contra machismo nas redes sociais

Talvez você nunca tenha ouvido falar sobre “Gaslighting”, mas você com certeza já viveu essa situação que se resume à “violência emocional que se dá por meio de manipulação psicológica e leva a mulher e todos ao seu redor acharem que ela enlouqueceu ou que é incapaz”, como informa o coletivo “Não Me Khalo” em sua página no Facebook. 

Recorremos ao tema para falar da campanha #IstoeMachismo, criada nas redes sociais após a publicação desta semana da revista Istoé.

Na matéria de capa, “As explosões Nervosas da Presidente”, Dilma Rousseff  é apresentada como uma autoridade desequilibrada, sem condições de comandar o país. “A mandatária está irascível, fora de si e mais agressiva do que nunca”, ou “A medicação nem sempre apresenta eficácia, como é possível notar”, são alguns dos trechos da reportagem.

O teor pejorativo do artigo chamou atenção dos leitores, que repudiaram a reportagem por meio de comentários na publicação. Em resposta, jornalistas, coletivos sociais e grupos feminista criaram a hashtg #IstoÉMachismo.

“(…) Se o presidente fosse homem nas mesmas situações da Dilma, haveria uma matéria como essa? Esse negócio de chamar mulher de louca tá batido já (…) Quantos presidentes, governadores ou executivos gritam, xingam e falam palavrão e ninguém os chamam de loucos, agora porque a presidente é mulher é louca e desequilibrada. Você já assistiu às sessões da câmara dos deputados? Pior circo que aquele não tem”, analisou um comentário.

Confira outras reações nas redes sociais:

Reportagem foi repudiada por jornalistas, coletivos e grupos feministas