Candidato à presidência dos EUA, Donald Trump quer proibir entrada de muçulmanos no país

Ben Carson, também candidato do Partido Republicano, afirmou apenas que todas as pessoas que visitam os EUA deveriam ser registradas e monitoradas

Candidato mais cotado à disputa das eleições presidenciais norte-americanas, em 2016, pelo Partido Republicano, Donald Trump voltou a ser notícia em todo o mundo na última segunda-feira, 7 de dezembro. Isso porque, o político pediu a proibição da entrada de muçulmanos nos Estados Unidos após atentado que deixou 14 mortos na Califórnia.

Por meio de comunicado oficial, o republicano pede suspensão total e completa da entrada de muçulmanos nos Estados Unidos até que os legisladores “compreendam o que está ocorrendo”. O texto divulgado pela equipe do pré-candidato levava o título “Comunicado de Donald Trump para impedir a imigração muçulmana”.

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No texto, Trump justifica o pedido de proibição, alegando que os religiosos não tem senso de razão ou respeito pela vida. “Até que sejamos capazes de determinar e entender esse problema e o perigo que ele representa, nosso país não pode ser vítima desses ataques horrendos de pessoas que acreditam apenas na jihad, e que não tem nenhum senso de razão ou respeito pela vida humana”.

Proibição para todos

Segundo o coordenador da campanha de Trump, Corey Lewandowksi, a política de expulsão deve valer para todos os muçulmanos, sejam eles os que requisitam vistos de imigração ou mesmo para os que apenas desejam visitar o país como turistas.

Autoridades islâmicas chamam Trump de fascista

Segundo informações da agência Reuters, o diretor do Conselho de Relações Americano-Islâmicas, Ibraham Hooper, afirmou que o momento é de reflexão política.”Estamos agora entrando no campo do fascismo”. “Deveria ser perturbador não apenas para os muçulmanos norte-americanos, mas para todos os norte-americanos que o candidato que lidera a disputa republicana divulgue um comunicado fascista como esse”, completou.

Para finalizar, a comunidade islâmica ressaltou que o comunicado de Trump “é contrário aos valores dos Estados Unidos e aos interesses de segurança nacional”.