Candidato do PT é atingido por bala de borracha em Curitiba

"Em uma abordagem truculenta, tiros de borracha foram disparados contra a praça [pela Guarda Municipal]", diz o relato em sua página na rede social

10/09/2018 13:36 / Atualizado em 05/05/2020 11:51

O candidato denunciou o caso nas redes sociais
O candidato denunciou o caso nas redes sociais - Divulgação/PT

Candidato a deputado estadual do Paraná pelo PT, o advogado Renato Freitas denunciou ter sido vítima de balas de borracha disparadas pela Guarda Municipal de Curitiba neste domingo, 9, na praça do Gaúcho. Segundo o relato em sua página no Facebook, ele foi atingido na mão esquerda e nas costas enquanto entregava panfletos de sua campanha.

“Após retorno de viagem da campanha, o Renato e outros membros da equipe estavam panfletando na Praça do Gaúcho. Em uma abordagem truculenta, tiros de borracha foram disparados contra a praça, sendo ele o único atingido por dois tiros pela GM”, diz o post.

Por volta das 20h, o candidato do PT fez uma transmissão ao vivo em seu perfil na rede social, de dentro de um carro da Guarda Municipal, em que mostra o ferimento na mão. “Eu não falei nada, só falei que estava panfletando, o cara me deu um tiro à queima-roupa”, contou Freitas no vídeo.

Ele foi encaminhado ao Hospital Cajuru e recebeu alta durante a madrugada. De acordo com o texto, acompanhantes e advogados não puderam entrar no hospital. Em seguida, foi levado para a Central de Flagrantes para prestar depoimento e, então, liberado.

https://www.facebook.com/renatoalmeidafreitas/posts/298231007629759

Em nota, a Prefeitura de Curitiba informou que o candidato estava em um grupo que avançou contra guardas que atendiam a uma ocorrência de racha de veículos e consumo de drogas. “A Guarda Municipal atendeu ao chamado e precisou usar arma não letal (com bala de borracha) para conter o grupo e para restabelecer a ordem no local”, afirma o texto.

“Renato Almeida Freitas Junior, que é candidato a deputado estadual, estava no grupo que avançou contra os seis guardas municipais e acabou ferido na mão e nas costas”, continua o comunicado da prefeitura. “Além de envolvimento anterior num caso com a Polícia Militar, Almeida Freitas já havia sido detido pela Guarda Municipal em agosto de 2016, quando candidato a vereador, por desacato e perturbação de sossego.”

Também por meio de nota, o PT afirmou que não havia motivo para a detenção do candidato e para a violência policial. O presidente do partido, Dr. Rosinha, declarou que vai solicitar uma apuração sobre desvio de função policial.

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