Adepto do candomblé é impedido de participar de velório de companheira
Ele também não pôde entrar no hospital em que a mulher esteve internada antes da morte
O ogan Herbert Jones Cardoso Lopes foi impedido de participar do velório e do sepultamento da companheira Cláudia Marcela Alves Bandeira por familiares evangélicos da mulher, em Manaus.
Segundo relatos, Cardoso não pôde acompanhar os últimos momentos de Cláudia no hospital, que morreu na última sexta-feira, 3, de câncer, por causa de sua religião.
O caso é considerado de racismo e uma comissão de advogados especialistas em direitos humanos, segundo a TV Cultura, para garantir que Cardoso participasse do velório, que aconteceu na funerária Recanto da Paz, no bairro Cidade de Deus.
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Cartilha contra a intolerância
A prefeitura do Rio de Janeiro produziu a Cartilha Rio de Combate à Intolerância Religiosa, que pode ser baixada gratuitamente no site da prefeitura do Rio de Janeiro. O documento detalha as práticas que configuram intolerância religiosa, as leis de combate ao crime e as formas de denunciá-lo.
A cartilha foi produzida pela Coordenadoria Executiva de Diversidade Religiosa e pela Secretaria Municipal de Governo e Integridade Pública (Segovi), por meio da Coordenadoria Executiva de Promoção da Igualdade Racial, com o objetivo de conscientizar a população carioca sobre o respeito à multiplicidade de crenças, assegurado pelo Artigo 5º da Constituição, e de ajudar as vítimas de intolerância a acessar os canais de denúncia.
O Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa foi instituído no Brasil, pela Lei Federal nº 11.635, de 27 de dezembro de 2007, depois da morte da Iyalorixá baiana e fundadora do Ilê Asé Abassá, Gildásia dos Santos e Santos, conhecida como Mãe Gilda.
Ela teve a casa e o terreiro invadidos por um grupo de outra religião. Após perseguições e agressões verbais, Mãe Gilda morreu de infarto fulminante.