Cansada de sofrer agressões, mulher acaba gravando o próprio assassinato
Após sofrer inúmeras agressões domesticas, Keith Robert Smith, 40 anos, que morava na Pensilvânia (EUA), instalou em seu celular um aplicativo para gravar o áudio das discussões e do terror que vivia em sua casa, ao lado do parceiro Wesley Webb, 43 anos.
O dispositivo conseguiu capturar a voz de um homem gritando, que supostamente seria Smith, logo na sequência ouve-se o disparo de um tiro. Tiro que matou Smith. Há indícios de que ele também tentou se matar, mas não conseguiu.
O casal passava por uma disputa e Smith tentava sair de casa com os dois filhos. Três crianças estavam no local na hora do ocorrido, uma delas acionou o serviço de emergência.
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Veja como denunciar a violência doméstica
No Brasil há um número específico para receber esse tipo de denúncia,180, a Central de Atendimento à Mulher. O serviço funciona 24 horas por dia, todos os dias do ano e a ligação é gratuita. Há atendentes capacitados em questões de gênero, políticas públicas para as mulheres, nas orientações sobre o enfrentamento à violência e, principalmente, na forma de receber a denúncia e acolher as mulheres.
O Conselho Nacional de Justiça do Brasil recomenda ainda que as mulheres que sofram algum tipo de violência procurem uma delegacia, de preferência as Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAM), também chamadas de Delegacias da Mulher. Há também os serviços que funcionam em hospitais e universidades e que oferecem atendimento médico, assistência psicossocial e orientação jurídica.
A mulher que sofreu violência pode ainda procurar ajuda nas Defensorias Públicas e Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, nos Conselhos Estaduais dos Direitos das Mulheres e nos centros de referência de atendimento a mulheres.
Se for registrar a ocorrência na delegacia, é importante contar tudo em detalhes e levar testemunhas, se houver, ou indicar o nome e endereço delas. Se a mulher achar que a sua vida ou a de seus familiares (filhos, pais etc.) está em risco, ela pode também procurar ajuda em serviços que mantêm casas-abrigo, que são moradias em local secreto onde a mulher e os filhos podem ficar afastados do agressor.