Cão que sobreviveu à câmara de gás comemora 12 anos

Em parceria com ANDA
24/11/2015 10:14
Texto: Fátima ChuEcco/ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais

Após ser submetido a uma câmara com monóxido de carbono, Quentin continuou vivo e em 2015 completa 12 anos que teve uma segunda chance. A comemoração foi num restaurante onde Quentin e seu tutor, Randy Grim, mais uma vez fizeram uma campanha contra as câmaras de gás que ainda são usadas em muitos abrigos dos EUA. Grim, inclusive, escreveu um livro sobre a trágica experiência chamado “Miracle Dog: How Quentin Survived the Gas Chamber to Speak for Animals on Death Row (“Cão Milagroso: Como Quentin sobreviveu à câmara de gás para falar pelos animais no corredor da morte”).

O fato ocorreu em 2003, num abrigo municipal de Saint Louis, no Missouri (EUA) e chocou os funcionários que jamais tinham visto um cão resistir ao gás mortal. Quando a câmara foi aberta, milagrosamente um cão alaranjado estava de pé em cima dos demais sete cães mortos. Um dos funcionários disse ao chefe: “Por favor, não tenho coração para colocá-lo de volta e acionar o gás”. E assim a história de Quentim tomaria um rumo totalmente diferente. O cão virou um símbolo da luta contra uma das práticas mais cruéis para extermínio de animais de rua ou entregues por seus próprios tutores nos abrigos e departamentos de controle animal americanos.

Quentin está há 12 anos vivendo com um protetor de animais
Quentin está há 12 anos vivendo com um protetor de animais

Randy Grim, fundador da Stray Rescue of Saint Louis (entidade que resgata e busca adoção para animais de rua), adotou Quentin após ser retirado da câmara de gás e batizou-o com esse nome em alusão à Prisão Estadual de San Quentin, na Califórnia, onde está o maior corredor da morte dos EUA. Ele diz: “Agradeço todos os dias por Quentin ter entrado na minha vida”.

Os dois já estamparam capas de revistas e jornais, e estiveram em programas de rádio e TV sensibilizando a população sobre a crueldade das câmaras de gás. “As pessoas devem saber que as câmaras de gás são, normalmente, um pouco maiores que uma máquina de lavar roupas. O monóxido de carbono, encontrado no escapamento de veículos, é bombeado para dentro e mata os animais de forma angustiante”, diz no site de sua ONG.

Confira o final dessa história e outras notícias inspiradoras sobre animais na ANDA (Agência de Notícias de Direitos Animais).