Capa de jornais e revistas com Dilma Rousseff gera polêmica nas redes sociais

04/05/2016 11:39

As imagens também transmitem discursos. Muitos internautas não gostaram de ver a capa do jornal “O Estado de S. Paulo” desta quarta-feira, dia 4, em que o rosto da presidente Dilma Rousseff aparece atrás da tocha olímpica durante a cerimônia de acendimento ocorrida no Palácio do Planalto. A foto passa a impressão de que a presidente está em chamas. Veja:

Detalhe da capa do "Estadão" desta quarta-feira
Detalhe da capa do “Estadão” desta quarta-feira

“Sério que colocaram fogo na foto de Dilma! Isso não é discurso de ódio?”, questionou um seguidor na fanpage do jornal. “Vocês não têm vergonha de publicar uma foto dessas? Estamos na Idade Média, queimando mulheres? Infantil, antiético. Que vergonha da mídia brasileira”, criticou outra.

A cena se repete. Esta não é a primeira vez que a mídia brasileira é acusada de machismo e misoginia. Na segunda-feira, dia 2, a capa da “Folha de S. Paulo” deu destaque à uma mosca que perturbou a presidente durante um ato realizado no Dia do Trabalho.

Capa da Folha de segunda-feira, dia 2
Capa da Folha de segunda-feira, dia 2

“Em um momento tão delicado onde os leitores precisam aprender e entender que lado estar, a “falha” faz gracinha com a presidente do país… sem mais comentários. O pior cego é aquele que não quer ver”, comentou um rapaz no Facebook.

#IstoÉMachismo

A edição do começo de abril da revista IstoÉ, por sua vez, trouxe na capa uma reportagem intitulada “As Explosões Nervosas da Presidente”, que trata sobre os supostos casos de descontrole emocional da petista.

“A mandatária está irascível, fora de si e mais agressiva do que nunca. […] A medicação nem sempre apresenta eficácia, como é possível notar”, afirma um dos trechos da reportagem.

A capa polêmica da IstoÉ
A capa polêmica da IstoÉ

Em resposta à publicação, a hashtag #IstoÉMachismo foi criada por usuários que acreditam que a matéria reforça o estereótipo machista, que relaciona as mulheres ao descontrole emocional.

O que você pensa sobre esse assunto? Veja a repercussão desses casos: