Amostra de água com o condensado de sabão e após o processo de filtração. (Fonte: Arquivo pessoal de Raphael Marra)[/img]

Mas não seria melhor ainda, caso pudesse ,captar águas de outras fontes? Esta é a proposta desenvolvida e apresentada por Raphael Marra Gouveia, 15 anos, que visa a ampliar as fontes captáveis de água, ampliar a participação da água de reuso em uma casa e com um baixo custo.

Com este projeto é possível captar as águas pluviais, da máquina de lavar, do chuveiro e torneiras, podendo torná-las potáveis e reutilizar no sistema hidráulico de uma residência comum, podendo “recaptar” e reutilizá-las novamente.

Para que o projeto criado por Raphael seja colocado em prática, as quantidades dos equipamentos necessários variam de acordo com a necessidade, encanamento já existente, extensão de material necessário, mas existem peças e filtros insubstituíveis para a viabilidade, seja qual for a especificidade. Assim todos necessitarão sempre de um primeiro filtro, de lã acrílica, dentro do encanamento de captação da calha, para reter todas as maiores impurezas. Conforme o desenvolvedor, esta foi a melhor solução custo X benefício, uma vez que o custo desta Lã esta próximo de R$ 2,00 e é de fácil manutenção e alto rendimento na retenção de partículas.

Uma vez a água captada das calhas ou da máquina de lavar e dentro de um reservatório primário, é acrescentado o Sulfato de Alumínio, químico capaz de condensar e flocular as menores impurezas de calha e consequentemente concentrar o sabão dissolvido na água, pasta de dente e outros itens de higiene, com o sabão concentrado, cria-se uma pasta de sabão que será tratada nos próximos filtros.

Com todo o sabão concentrado, o desenvolvedor afirma que cerca de 99% do “condensado de sabão” fica retido na filtração mecânica com lã acrílica que esta dentro de canos que levam a água para outro reservatório com água já mais limpa.
Um fato notável é a utilização do encanamento como filtro, tendo dentro do encanamento mais lã acrílica que reterá todo o sabão, tem uma lâmpada de ultravioleta, cerca de até R$ 200,00, responsável por exterminar vírus e bactérias com a degeneração do DNA e dispensando o uso do Cloro como agente desinfectante e há também um filtro de Polipropileno, custo de R$ 45,00, com poros de 1 micrômetro, milésima divisão do milímetro, que dá a certeza de que apenas poucas impurezas como proteínas e íons passarão por estes filtro. Após este processo a água já esta incolor, inodora mas com um sabor básico que será removido na etapa final.

Após este processo, a água já esta pronta para ser elevada com uma bomba d’água sobre a casa e armazenada no penúltimo reservatório, o qual esta ligado no filtro mais importante do projeto, um filtro de osmose reversa, cerca de R$ 300,00 e variando de acordo com o tamaho do filtro, que é o responsável por realizar a filtração química, deixando a água com statos de água semi-destilada.
Ele explica que o filtro de Osmose Reversa é a chave para se obter uma água quimicamente mais limpa, uma vez que as resinas que vão neste filtro são capazes de trocar o sódio por íons H+ e íons OH-, fazendo assim a remoção do sódio, magnésio, calcio, urânio e até ouro, ou seja, todos os metais presentes na água e é remove também ânios de sulfato e seus derivados, nitrato e seus derivados, fluoretos, carbonatos e derivados e etc, este é o filtro responsável por manter a qualidade química da água e seu pH neutro.

Ele completa afirmando que a água utilizada proveniente deste filtro pode ser coletada, tratada e distribuida novamente.
Quando questionado de custo, ele afirma ser um projeto maleável, moldando-se de acordo com a necessidade ou vontade, diz que o custo fixo está em torno de R$ 900,00 com os filtros e alguns materiais essenciais e tendo o resto do custo de acordo com o reservatório que será instalado, no sistema dele ele utiliza 4 reservatórios de 250L mas afirma não ser uma boa opção reservatórios com baixa capacidade de água, uma vez que não esta bem desenvolvido a logistica de recaptar a água, ele indica sistemas maiores com um total de capacidade entre 5 à 10m³ para evitar a falta de água dentro do sistema.

Segundo o desenvolvedor, este sistema proporciona uma economia de entre 60 e 80% do consumo total de uma casa uma vez que se amplia o papel da água de reuso para o sistema hidraulico da casa com uma água possuindo 9x menos quantidade de sódio em relação a da SABESP.
Para mais informações e relatório completo do projeto, contacte-o pelo facebook (facebook.com/raphamarra) ou email: [email protected]