Cartunista sofre ameaças da Igreja Universal após ser acusado de intolerância religiosa
Acusado por intolerância religiosa, cartunista foi obrigado a apagar charge que questionava Igreja Universal do Reino de Deus
No dia 7 de janeiro deste ano, a redação da revista francesa Charlie Hebdo foi invadida por homens armados em um atentado que resultou na morte de 12 pessoas; entre eles, alguns dos mais importantes cartunistas das últimas décadas como o chargista tunisiano Georges Wolinski.
No Brasil, país onde diferentes credos e opiniões distintas convivem entre si, um episódio envolvendo a Igreja Universal e o cartunista Vitor Teixeira retomou o debate sobre a liberdade de expressão.
A polêmica foi criada por conta de uma charge assinada pelo artista, que trazia uma ilustração onde um representante do projeto gladiadores do altar (criado pela igreja para “orientação e formação de jovens vocacionados para a propagação da Fé Cristã) mata uma mãe de santo com uma espada.
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Dias depois, A IURD solicitou ao Facebook a retirada do ar da página de Teixeira, sob ameaça de levar o caso à Justiça. Na última semana, o ilustrador recebeu uma notificação, também enviada ao departamento jurídico do Facebook.
A notificação extrajudicial chegou a Teixeira por e-mail, na semana passada. O documento, assinado pelo jurídico da igreja, diz que “a propagação da intolerância religiosa feita pelo ‘cartunista’ precisa ser cessada de forma imediata, de forma que o provedor Notificado deve retirar de imediato a página do ar, sob pena de dano irreparável ou de difícil reparação”.
Em sua página no Facebook, Teixeira decidiu trazer à tona a ameaça de processo ao reproduzir a notificação: