Caso Bernardo: Pai, madrasta e outros dois réus são condenados

Pai e madrasta do garoto ficarão presos por, no mínimo, 30 anos

Nesta sexta-feira, 15, saiu a sentença do caso da morte de Bernardo Uglione Boldrini, que foi enterrado em uma cova cavada à mão, em abril de 2014, no Rio Grande do Sul (RS). O Conselho de Sentença do Tribunal do Júri condenou os quatro acusados pela morte do menino, que tinha 11 anos na época do crime.

Bernardo tinha 11 anos quando foi morto pelo pai e pela madrasta por consumir uma superdosagem do medicamento Midazolam
Créditos: Reprodução/Arquivo Pessoal
Bernardo tinha 11 anos quando foi morto pelo pai e pela madrasta por consumir uma superdosagem do medicamento Midazolam

Após cerca de 50 horas de julgamento popular, em cinco dias, ajuíza Sucilene Engler Werle proferiu a sentença no Foro de Três Passos, no Noroeste do Rio Grande do Sul, condenando Graciele Ugulini, madrasta de Bernardo, a 34 anos e sete meses de reclusão em regime inicialmente fechado, por homicídio quadruplamente qualificado e ocultação de cadáver.

Já o pai do garoto, Leandro Boldrini, recebeu 33 anos e oito meses de prisão por homicídio doloso quadruplamente qualificado, ocultação de cadáver e falsidade ideológica.

Edelvânia Wirganovicz, amiga de Graciele, que também teve participação no crime, foi condenada a 23 anos por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. Evandro Wirganovicz, irmão de Edelvânia, pegou nove anos e seis meses em regime semiaberto por homicídio simples e ocultação de cadáver.

Todos poderão recorrer da decisão, mas nenhum dos pedidos poderá ser feito em liberdade.

Bernardo foi morto no dia 4 de abril de 2014, e enterrado em uma cova cavada à mão. O corpo foi encontrado 10 dias depois e a investigação apontou morte por superdosagem do medicamento Midazolam.