Caso Daniel: polícia prende 7º suspeito de envolvimento com crime

Eduardo Purkote afirma ser inocente

Foi preso na manhã desta quinta-feira, 15, o sétimo suspeito de envolvimento no assassinato de Daniel Corrêa, ex-jogador do São Bento. Segundo a Polícia Civil de São José dos Pinhais (PR), Eduardo Purkote Chiuratto, 18 anos, é acusado por testemunhas de ter quebrado o celular de Daniel, pego a faca usada no crime e, também, participado das agressões ao jogador.

Daniel Corrêa
Créditos: Divulgação/São Bento

O jogador do São Bento Daniel Corrêa

Purkote é amigo de Allana Brites, filha do assassino confesso, Edison Brittes, e irá depor na próxima segunda-feira. As informações são da “Veja“. Ele afirma ser inocente.

Além dele, estão presos outros seis suspeitos: Edison Brittes, sua esposa, Cristiana Brittes, sua filha, Allana, Igor King, David Vollero e Eduardo da Silva. A família é acusada de homicídio qualificado e coação de testemunhas. Os outros três, por terem espancado o jogador de 24 anos.

Entenda o caso

Daniel Correia foi encontrado morto com sinais de tortura no último dia 27 de outubro em um matagal de São José dos Pinhais, no Paraná. O responsável pelo crime também cortou fora o pênis do atleta.

Em entrevista à RPC, afiliada da TV Globo no estado, o empresário Edison Brittes assumiu autoria do crime e declarou que, na ocasião, “não pensava em nada”, “não sabia que ia fazer aquilo” e afirmou estar “desesperado, fora” de si.

Brites contou que o crime teria sido motivado após o jogador tentar estuprar sua esposa dentro do quarto da mesma. Para adentrar o recinto, ele precisou arrombar a porta.

No entanto, testemunhas desmentem o arrombamento e, segundo o delegado da Polícia Civil da cidade, Amadeu Trevisan, a vítima não tentou abusar sexualmente Cristiana.

“Confrontando as mensagens que Daniel trocou com amigos e os depoimentos, parece que Daniel só fez uma brincadeira infeliz, mas não há indícios de tentativa de estupro”, disse o delegado.

Edison, Cristiana e Allana foram presos na semana passada. O Ministério Público deverá denunciar os três à Justiça por suspeição de homicídio doloso – meio cruel, recurso que impossibilitou a defesa da vítima e fraude processual.