Novo vídeo #ligalula: pelo fim da execução por apedrejamento no Irã

#ligalula videoclipe: pelo fim da execução por apedrejamento no Irã

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reprodução
Sakineh Mohammadi Ashtiani

TV iraniana exibe suposta confissão de Sakineh

Nesta quinta-feira, 12, a rede de tv estatal do Irã exibiu suposta confissão de ter participado no
assassinato do marido. Com o rosto coberto por uma imagem granulada e com a voz dublada em outro idioma, que não o seu, Sakineh além da confissão afirmou também ter tido um caso com o primo do marido, suposto autor do crime.

Em entrevista para o jornal inglês The Guardian, o advogado de Sakineh, Houtan Kian, afirmou que sua cliente foi duramente torturada e machucada dias antes da entrevista.

A ONG Anistia Internacional condenou a suposta confissão e colocou  em questão  a independência do sistema judiciário do país.

As autoridades do Irã mudaram a versão da condenação de Sakineh Ashtiani quando a opinião pública internacional questionou o motivo que a levou à pena de morte. A suposta confissão foi exibida um dia depois que a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, esteve em visita ao país.

Na terça-feira, 10,  o blog da editora Companhia das Letras divulgou carta traduzida por Augusto Calil, um dos organizadores da petição pela liberdade de Sakineh Ashtiani.  Segue carta na íntegra:

Queridos amigos,

Obrigado por assinar a petição FreeSakineh. Sua voz fez diferença, pois as autoridades iranianas indicaram que vão rever a sentença de apedrejamento. No entanto, o governo do país reiterou que ela permanece sentenciada à morte. Sakineh pode ser executada a qualquer momento.

Na verdade, a situação de Sakineh piorou nos últimos dias. O advogado dela, agora sob ameaça de morte no Irã, foi obrigado a deixar o país. No momento ele se encontra preso na Turquia, e sua mulher foi detida. Por meio do filho, Sakineh manifestou sua imensa gratidão pelos esforços de todo o mundo livre, mas está apavorada diante do que a aguarda.

As autoridades iranianas esperam que a indignação mundial provocada por este caso perca força. Cabe a nós impedir que isto ocorra. Precisamos manter a pressão. Ajude esta iniciativa pedindo a todos os seus conhecidos que acessem o endereço www.freesakineh.org e assinem a petição.

PRECISAMOS CONTINUAR TRABALHANDO PELA LIBERDADE DE SAKINEH. PRECISAMOS FAZER COM QUE TODOS OS IRANIANOS PREOCUPADOS COM OS DIREITOS HUMANOS SAIBAM QUE NÃO VAMOS ESQUECÊ-LOS

Veja a reprodução da entrevista feita pela BBC

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Redação

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