Conexões Sonoras apresenta jovens artistas da música experimental
Entre os dias 4 e 6 de junho acontece no Centro Cultural da Juventude o projeto Conexões Sonoras, uma mostra de arte multimídia focada em música experimental. O evento idealizado pelo Ibrasotope, núcleo dedicado ao gênero, com sede em São Paulo, que organiza concertos e oficinas nesta área, surgiu para suprir a escassez de espaço para os artistas jovens desenvolverem e mostrarem os seus trabalhos.
Alguns critérios fizeram parte da escolha que estaria no line-up da mostra: são jovens, mas já têm uma produção consistente, desenvolvem trabalhos interessantes na área de música experimental, mas também dialogam frequentemente com outros meios artísticos. Outro ponto importante foi contemplar uma certa diversidade estética e de meios (uma instalação, peças com vídeo e/ou aparatos audiovisuais, peças com uma certa teatralidade, etc).
O produtor do Conexões Sonoras Mário Del Nunzio explica que vários desses artistas também transitam por outros meios artísticos (instalações, performances, dança, teatro, vídeo) e que a mostra seria uma boa oportunidade para unir trabalhos que partem de alguns pontos comuns, mas que também apresentam uma certa diversidade estética e de meios.
No primeiro dia. 4, haverá a abertura da instalação de Lilian Campesato (‘Deep’ Music), e a apresentação da obra de Gregory Slivar (Savant). A instalação de Lilian Campesato continuará aberta a visitação durante o resto do fim de semana. No segundo dia, 5 de junho, a partir das 15h, haverá as obras de Henrique Iwao (Catálogo dos Momentos Preenchidos/ Onde Está o Presente Eu Comi) e Martin Herraiz (Um Escarro na Manhã). No domingo, dia 6, a partir das 19h, haverá as peças de Mário Del Nunzio (Azuis) e Valério Fiel da Costa (Visões de Andara).
Haverá um bate-papo informal com espaço para perguntas e colocações dos ouvintes em que os artistas irão falar sobre o modo de criação de sua obra e sobre seus interesses dentro de sua busca artística. “A proposta é apresentar novas obras de artistas jovens, gerar crítica, reflexão e possíveis desdobramentos – na produção futura dos artistas participantes, bem como no interesse do público por esse tipo de manifestação artística,” finaliza Mário.
Detalhes da programação:
Dia 4
Deep Music
Instalação de Lílian Campesato.
De 4 a 6 de junho, das 15h às 20h, obra sonora interativa com gravações de Música aquática, de Haendel, e projeções em telas afixadas em aquários com água, criando um cenário sensorial.
Savant
Instalação de Gregory Slivar
Às 20h, performance cênico-musical inspirada no livro Alucinações musicais, de Oliver Sacks, e nos trabalhos de butoh do dançarino e coreógrafo Tatsumi Hijikata.
Encontro
Às 18h, bate-papo com Lílian Campesato e Gregory Slivar.
Dia 5
Catálogo dos momentos preenchidos
Instalação de Henrique Iwao
Dia 5, às 15h, detritos sonoros se alternam e se transformam, deixando pequenas frestas para os músicos se manifestarem. Um sistema de deixas orienta os músicos por meio de videopartitura.
Um escarro na manhã
Instalação de Martin Herraiz
Peça de teatro musical que faz uma elucubração ácida em torno do encontro fortuito entre uma misteriosa mulher neurótico-depressiva e um ex-professor de filosofia, hipocondríaco e suicida.
Encontros
Às 17h30, bate-papo com Henrique Iwao, Martin Herraiz, Mário Del Nunzio e Valério Fiel da Costa.
Dia 6
Azuis
Instalação de Mário Del Nunzio
Às 19h, alto grau de energia corpórea e estruturação minuciosa em peça para um único músico, manipulando três guitarras elétricas, com processamento eletrônico e interação com dispositivos de vídeo.
Visões Andara
Instalação de Valério Fiel da Costa
Um ambiente de imersão sonoro-visual que leva o público aos domínios de Andara, espécie de região “fantasma/amazônia transfigurada”, criada pelo escritor Vicente Franz Cecim.