Charlie Sheen é acusado de ter estuprado ator mirim
Em documentário Corey Feldman revela que ator Charlie Sheen estuprou Corey Haim durante gravações de um filme
O ator Corey Feldman, que participou de filmes icônicos do cinema como Gremlins (1984), Os Goonies (1985), Garotos Perdidos (1987) e tantos outros, fez uma revelação bombástica essa semana. Ele disse que Charlie Sheen estuprou o falecido ator Corey Haim. A revelação foi feita no documentário “(My) Truth: The Rape of Two Coreys“, lançado nesta segunda-feira (9). Feldman relembra do depoimento do amigo aos prantos.
Feldman já havia falado sobre o assunto, mas sem citar nomes. Em seu livro ele havia dito que que quando era um ator mirim ele e seu amigo Corey Haim tinham sido abusados por homens poderosos de Hollywood. Somente no documentário, lançado esta semana ele conta mais detalhes do ocorrido.
Charlie Sheen e Corey Haim contracenaram no filme “A Inocência do Primeiro Amor” (1986), mas foi durante as gravações do filme “Lucas” em 1986 que Charlie Sheen estuprou Corey Haim. Feldman conta que o abuso sexual ocorreu dentro de um trailer e foi usada banha vegetal como lubrificante. Sheen tinha 19 anos e Haim 13 anos.
Segundo o G1, Feldman relembrou chorando: “Isso não foi uma coisa do tipo que aconteceu uma vez. Isso não foi algo como: ‘Ah, por falar nisso, isso aconteceu’. Ele deu muitos detalhes. Ele me disse: ‘Charlie me curvou entre dois carros, passou óleo nas minhas nádegas e me estuprou em plena luz do dia’. Qualquer pessoa poderia ter passado, qualquer um poderia ter visto”.
Trailer em inglês do documentário “(My) Truth: The Rape of Two Coreys“. Assista:
https://www.youtube.com/watch?v=0TlM6XPxk2g
Corey Haim declarou várias vezes que tinha sido estuprado com 13 anos, mas em vida, nunca chegou a dizer quem havia sido o estuprador. Ele morreu de pneumonia em 2010, sem revelar o nome.
Em 2017 o ator Dominick Brascia já tinha acusado Charlie Sheen de estupro. Apesar do comentário ele não foi convidado a participar do documentário. Porém na época revelou detalhes do ocorrido. Segundo ele Corey Haim havia lhe contado que durante as gravações do filme “Lucas” ele e Sheen fumavam maconha e faziam sexo anal. Mas depois Sheen ficou frio e o rejeitou. Na ocasião a mãe de Corey Haim, que já havia falecido, negou que o filho tivesse sido abusado por Charlie Sheen.
Como agir em caso de estupro
Se você for vítima de estupro ou estiver auxiliando uma pessoa que tenha sido estuprada, os passos a serem seguidos são um pouco diferentes das dicas gerais fornecidas anteriormente.
É importante lembrar que o crime de estupro é qualquer conduta, com emprego de violência ou grave ameaça, que atente contra a dignidade e a liberdade sexual de alguém. O elemento mais importante para caracterizar esse crime é a ausência de consentimento da vítima. Portanto, forçar a vítima a praticar atos sexuais, mesmo que sem penetração, é estupro (ex: forçar sexo oral ou masturbação sem consentimento).
Caso o estupro já tenha ocorrido há algum tempo
Se a vítima decidir não buscar as autoridades policiais recomendamos, fortemente, que ela busque, pelo menos, cuidados médicos e psicológicos o mais rápido possível, já que a eficácia dos medicamentos para prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e da pílula do dia seguinte é determinada por essa rapidez. Recomenda-se também que o acompanhamento psicológico comece o mais breve possível.
É importante enfatizar que a busca da vítima por ajuda médica não tem nenhuma ligação com a polícia. A vítima tem sigilo médico-paciente e por isso, pode buscar ajuda médica logo após o fato e depois ir à autoridade policial quando se sentir preparada.
Contudo, em casos de menores de idade, o conselho tutelar pode ser acionado, especialmente se o suspeito for alguém próximo, sempre visando a preservação da criança ou do adolescente.
Em casos de violência contra criança e adolescentes a denúncia pode ser feita no conselho tutelar, no Ministério Público e/ou na Delegacia da Infância e da Juventude (se não houver delegacia especializada busque uma delegacia normal).
Nos crimes contra a dignidade sexual (como o estupro e a importunação sexual) é necessário fazer o boletim de ocorrência para que as investigações ocorram e, mais a frente, o Ministério Público possa acusar o agressor. Não há mais a necessidade da chamada “representação” (manifestar o desejo de ver o agressor processado) para esse tipo de crime. Ainda assim, apesar do Ministério Público ser o responsável por processar o agressor, a vítima pode buscar assessoria jurídica para ter apoio e se sentir segura durante todos os procedimentos necessários.
Mas atenção: no caso de crimes contra a honra (como a injúria), é necessário observar esse prazo de 6 meses para denunciar e apresentar a queixa (processar o autor). Nesse tipo de caso, é necessário contratar uma advogada para apresentar a queixa.
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