Cid Gomes é baleado em protesto de policiais ao tentar romper barreira

 Agora, o parlamentar passa por uma cirurgia segundo a assessoria de imprensa da Prefeitura de Sobral (CE)

19/02/2020 19:03

O senador e ex-governador do Ceará, Cid Gomes (PDT), foi baleado no peito durante um protesto de policiais militares de Sobral, municípios que fica a 230 km da capital, Fortaleza. Agora, o parlamentar passa por uma cirurgia segundo a assessoria de imprensa da Prefeitura da cidade.

Cid Gomes é baleado em protesto de policiais ao tentar romper barreira
Cid Gomes é baleado em protesto de policiais ao tentar romper barreira - Reprodução

Em nota, a assessoria do parlamentar afirmou: “O senador Cid Gomes foi baleado por uma arma de fogo na tarde desta quarta-feira (19), em Sobral. Neste momento, o senador passa por uma estabilização no Hospital do Coração de Sobral e será transferido para a Santa Casa de Misericórdia de Sobral”

Cid, que está licenciado do Senado, foi para Sobral para participar da mobilização de policiais que estão contra a greve extemporânea de parte da categoria por aumento de salários.

Os disparos ocorreram no momento em que o senador tentava invadir, com uma retroescavadeira, um quartel da Polícia Militar que estava ocupado por manifestantes. Momentos antes, Cid fez um discurso com críticas ao movimento de paralisações deflagrado nas últimas horas pela Polícia Militar do Ceará. “Eu vim aqui defender a paz e a tranquilidade do povo de Sobral. Ninguém será chantageado, ninguém deixará de trabalhar, de abrir suas portas e caminhar com tranquilidade em Sobral”, disse o senador.

“Uma coisa é se amotinarem em um local, outra são os próprios que deveriam defender a paz e a tranquilidade serem eles próprios os incitadores da violência. Eu tô aqui desarmado, e vou enfrentar quem armado estiver, sob o custo da minha vida. Mas ninguém vai fazer o que esses bandidos estão fazendo aqui em Sobral”.

Houve uma negociação salarial dos líderes policiais com o governo de Camilo Santana, porém dois dias depois voltaram atrás exigindo 21% de aumento.