Cidade francesa proíbe uso do “Burkini” na praia e gera polêmica

Após conflitos entre islâmicos e franceses, ex-ministro pede "discrição" a muçulmanos

Em um cenário marcado por xenofobia, hostilidade, atentados terroristas e intolerância (dos dois lados), a França volta a ser notícia por questões religiosas.

Isso porque o futuro presidente da Fundação para o Islã da França, o ex-ministro do Interior Jean Pierre Chevénement pediu “discrição” aos muçulmanos no espaço público.

O pedido acontece após série de confrontos entre franceses e islâmicos em Sisco, que resultou na proibição do “burkini” – traje de banho para mulheres praticantes da religião.

Traje de banho gerou conflitos entre franceses e muçulmanos

Sisco foi a segunda cidade, depois de Cannes, a publicar um decreto que proíbe o uso do traje de banho integral usado por algumas mulheres muçulmanas.

Além disso, um evento fechado realizado na região de Marselha, em que um clube aquático foi reservado pela associação islâmica para mulheres e crianças, e teve como recomendação o uso do burkini, provocou ainda mais discussão sobre o tema no país.

No último domingo, uma briga generalizada entre famílias muçulmanas e usuários de uma praia em Sisco acirrou ainda mais os ânimos, motivando a infeliz declaração de Chevénement.