Cidades Inteligentes: Ásia inicia construção de municípios baseados no uso da tecnologia e preservação do meio ambiente
Duas cidades da Ásia estão sendo construídas do zero com base nos conceitos de “smart city”, que utilizam a tecnologia para melhorar a vida dos cidadãos e preservar o meio ambiente.
O governo da Coreia do Sul, decidiu investir U$ 80 bilhões na área de Songdo, uma ilha artificial a 65 km de Seul, para criar um munícipio modelo no uso de tecnologia. O conceito é conectar praticamente tudo a internet para diminuir o impacto ambiental e o trânsito.
Até as garrafas PET terão sensores wi-fi que computam descontos nos impostos dos cidadãos que descartam o plástico para reciclagem de maneira correta. O sistema de lixo será unificado e levará todos os resíduos por debaixo da terra, sem a necessidade do uso de caminhões. Com mecanismos de retenção de água da chuva e tratamento da água de pias e máquinas de lavar pratos, o sistema de irrigação da cidade usará apenas um décimo da quantidade de água que uma cidade desse porte precisaria.
Os postes de iluminação também possuem sensores inteligentes para economia de energia quando ninguém está passando na rua.
- Metrô, trem ou ônibus? Projeto propõe solução inteligente para o caos das grandes cidades
- Parques do Rio Tietê são opções de lazer, aprendizado e de espaços verdes no meio de SP
- Barueri vai ganhar rede “inteligente” de energia elétrica
- Iniciativas inteligentes melhoram a qualidade de vida nas grandes cidades
Para eliminar o trânsito, as ruas possuirão sensores que analisam o tempo de deslocamento dos veículos em engarrafamentos. E as placas dos carros serão conectadas a uma central, que conseguirá controlar o intervalo dos semafóros e auxiliar o fluxo de veículos. A meta é eliminar o trânsito da cidade.
Masdar
Já Masdar, em Abu Dhabi, está sendo construída no deserto em parceria com o instituto de ciência local que desenvolveu placas solares que ficam no topo dos prédios e armazenarão toda a eletricidade da cidade. A energia solar também será utilizada para dessalinização da água e para gerar eletrecidade a partir do aquecimento da água.
Uma torre eólica de 45 metros informa o quanto de energia está sendo consumida na cidade e também gera eletrecidade a partir dos fortes ventos que atingem a região.
A preocupação ambiental é tamanha que o munícipío criou uma “polícia verde” que controla e regula o desperdício de energia: da lampâda acesa que foi esquecida ao banho muito prolongado.
Mas a maior inovação de Madar é no trânsito: a cidade foi projetada para ter uso exclusivo dos pedestres, já que os carros e ônibus da cidade circularão no subsolo do munícipio. Atualmente a cidade já possuí dez carros elétricos que são automáticos e não precisam de motoristas. O investimento total é de U$ 22 bilhões e tem previsão de conclusão para 2025.
O conceito foi desenhado pelo arquiteto britânico Normal Foster.