Cientistas estão armazenando dados de DNA para criar aplicativo que reconhecerá espécies

Em dez anos, os desenvolvedores pretendem disponibilizar os dados genéticos em tempo real

Estima-se que 1,8 milhão de espécies estão em perigo de extinção

Um grupo de cientistas está desenvolvendo um aplicativo que poderá identificar a sequencia de DNA de qualquer espécie via celular. O objetivo é criar um banco de dados de todas as espécies do planeta e ajudar na preservação das mesmas.

A iniciativa surgiu com o International Barcode of Life (IBOL), um grupo de instituições espalhado por 25 países, que pretende ter um banco de dados com 500 mil códigos de DNA até 2015. A partir dessas sequências genéticas, seria possível identificar todas as espécies do planeta.

Depois, a empresa de análise e manejamento de dados, SAP, entrou no projeto para construir uma plataforma para coletar, armazenar e analisar todos esses dados.

O objetivo é disponibilizar o aplicativo em 2014.

Corrida contra o tempo

Se o IBOL já conseguiu mapear milhares de códigos de DNA, o trabalho está longe de ser concluído. Estima-se que existam entre 10 e 100 milhões de espécies espalhadas pelo planeta. E o pior, 1/3 delas corre risco de extinção até 2100.

Por isso, os desenvolvedores do aplicativo pretendem abrir espaço colaborativo em seu sistema.

Eles querem que as pessoas enviem pedidos de analise de espécies. A ideia é enviar um frasco para o usuário, que o devolveria para o instituto de pesquisa fazer o mapeamento genético.

O desafio é criar uma maneira sustentável e funcional para a troca de frascos.

Aplicativo quer criar banco de dados que vai ajudar na preservação e controle de espécies

Objetivo final

Segundo os desenvolvedores do projeto, o aplicativo poderá ter as mais diferentes funções. Desde ajudar a descobrir qual a espécie de mosquito que te incomoda no quarto, até auxiliar cientistas no desenvolvimento de pesquisas avançadas, como a relação entre as espécies e habitats.

Mas esse seria apenas o primeiro passo objetivo final. Em dez anos, o objetivo é criar um aplicativo que consiga ler em tempo real as sequências genéticas.

Além de ser um banco de dados para a o controle de espécies, o aplicativo poderia ser eficaz no controle de doenças e pragas. Assim, um fazendeiro poderia analisar o solo em tempo real e os aeroportos detectar vírus estranhos, por exemplo.

Via Fast Company.

Foto da capa: Ricardo Mangual.