Claudia Leitte e os artistas que usam os gays para ganharem fama
Texto escrito por Marcela De Mingo e publicado no Superela
Claudia Leitte vira e mexe está nos trending topics das redes sociais. Seja por um lançamento de música ou por alguma polêmica, ela, com certeza, sabe como se fazer o centro das atenções. A sua última entrevista, porém, nos deixou com a pulga atrás da orelha.
Em uma conversa com o portal de notícias G1, ela comentou que os gays são importantes para ela porque “são felizes”:
Eu amo o público gay e sou uma pessoa que tem necessidade de tê-los por perto, me cercando, porque eles são enérgicos, alegres, como meu público é. Então, eu não posso viver sem eles. Não posso fazer uma dissociação. Quando eu vejo a massa lá de cima, eu vejo gente feliz. E gay é feliz. Sou uma representante, e se quiserem me aceitar, sempre serei, disse ela.
O que deixou a gente encucada com essa história é que Claudia Leitte não é a primeira – e parece não ser a última – a usar a comunidade LGBTQ+ para ganhar audiência. O público gay, por natureza, é bastante engajado com os seus ídolos, vide os fãs de Lady Gaga e Katy Perry, além da própria Beyoncé, que tem uma orla de fãs gays. Porém, isso não significa que eles são diferentes dos demais fãs ou, ainda, que eles possam ser usados como ferramenta de ibope só porque são engajados.
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O que Claudia Leitte disse, além de ser muito errado, reforça um estereótipo que a própria comunidade está tentando destruir. Nas últimas décadas, o tal do “amigo gay” se tornou um sonho de consumo das mulheres. Aquele homem homossexual que comenta com ela sobre os crushes, dá dicas de moda e está sempre bem, animado.
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