Cliente leva mata-leão de policial e acusa Caixa de racismo
Em meio a tantas denúncias de racismo divulgados na imprensa, Caixa demonstra que não tem preparo para lidar com um caso como esse - mas precisa, urgente
Crispim Terral levou mata-leão de policiais e acusa banco de racismo
Um cliente da Caixa Econômica Federal acusa o banco de racismo por meio de vídeo e depoimento divulgados no Facebook.
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O microempresário Crispim Terral, de 34 anos, casado e pai de cinco filhos, foi com sua filha de 15 anos a uma agência da Caixa que fica no Relógio de São Pedro, na Avenida Sete de Setembro, em Salvador, para resolver uma pendência com o banco.
Na publicação feita no Facebook, Crispim afirma que foi tratado com indiferença pelos funcionários do banco, e que chegou a ficar mais de quatro horas esperando para ser atendido. Insatisfeito com a espera, ele questionou o gerente-geral da agência sobre a falta de atendimento. O gerente acionou a polícia para retirar Crispim à força da agência.
Ele afirma que foi tratado com respeito e educação neste primeiro momento, e que os policiais convidaram cliente e gerente para resolverem essa diferença na delegacia. O gerente teria se recusado a sair da Caixa. A partir daí, começa uma gravação da filha de Crispim, em que mostra o gerente afirmando que só iria à delegacia se o cliente fosse algemado e que não negociaria “com esse tipo de gente”.
Então, os policiais resolveram imobilizar Crispim com uma gravata em seu pescoço, na frente da própria filha, e o levaram para fora da agência. “Em nenhum momento eu fui mal educado, grosseiro ou delegante dentro daquela agência bancária, mas fui tratado como um bandido”, relatou a vítima.
Ao final da publicação, Crispim faz uma crítica ao preconceito racial. “Em pleno século 21 fui tratado de forma ríspida e claramente fui vítima de preconceito racial”, desabafou. Crispim registrou uma queixa na corregedoria da Polícia Militar da Bahia.
A Catraca Livre entrou em contato com a Caixa Econômica Federal, que emitiu a seguinte nota: “Caixa informa que até o momento não foi identificada, por parte de nenhum dos seus empregados ou colaboradores, qualquer atitude de cunho discriminatório. A Caixa repudia atitudes racistas ou de discriminação cometidas contra qualquer pessoa”.
https://www.facebook.com/crispim.terral/videos/1733061390173395/