Coletivo feminista lança campanha #vetaalckmin
Contando a partir de ontem, o governador Geraldo Alckmin tem 15 dias para vetar ou sancionar o PL. É de extrema importância que a imagem seja compartilhada junto com a hashtag #nãoaopl175/13 e #vetaalckmin.
O coletivo considera o projeto problemático por diversos motivos, entre eles:
– O vagão exclusivo para mulheres é uma medida segregadora, dado momento em que as vítimas são claramente segregadas, enquanto os homens que são os reais agressores continuam usufruindo dos vagões que quiserem;
– Segundo dados de 2012, as mulheres representam 58% dos usuários do metrô, dado que mostra a incompatibilidade do projeto de Lei com a proposta de no mínimo um vagão com a realidade do contingente de usuárias;
– Não há nenhuma discussão sobre identidade de gênero e segurança, respeito e dignidade à mulheres trans*;
– O projeto não prevê a manutenção de exclusividade do uso aos finais de semana e feriados, como se mulheres fossem assediadas e estupradas apenas em dias úteis;
– Por mais que o vagão exclusivo seja optativo, é problemático pra uma mulher que já é culpabilizada pela violência sofrida: as que não estiverem neste vagão exclusivo, facilmente serão culpabilizadas com argumentos como: “Mas tem o vagão lá, aceitou correr o risco”, isso quando não atrelado aos clássicos “Quem manda usar saia curta” “Quem manda usar batom provocante”, etc.
– Não há medidas educativas e preventivas previstas no projeto de lei, novamente deixando claro o caráter punitivo às mulheres que são as vítimas de assédio, acreditando que apenas as segregando em um vagão, o problema se resolveria sozinho
Para ler o projeto de lei na íntegra, acesse: Projeto de Lei 175/13