Colocando os vinis para rodar
Enquanto as vitrolas retornam lentamente ao uso, existe um montante de vinis antigos, cheios de carga sentimental, nos sebos e armários das casas. Dar um uso a esses discos, colocá-los para rodar por aí, é o que o estudante de publicidade e guitarrista Thiago Duarte gosta de fazer da vida, e também como ganha seu dinheiro e recicla materiais.
Ele começou a usar os bolachões para fazer bolsas, relógios e o que mais surgisse como diversão e como uma forma de ter produtos com as estampas que ele mesmo escolhesse. Com o tempo, os amigos elogiaram, Thiago passou a vender os artesanatos em feiras e, com a ajuda da mãe mecenas, que já trabalhava com artesanato, conquistou o sonho de dez entre dez micro-empresários: ter um stand em um shopping center.
“Atualmente temos um quiosque fixo no segundo andar do Shopping Light, no Centro. Nosso público é bem diversificado, até por conta da grande variedade de temas que trabalhamos nas estampas. Como o ponto de venda atual fica próximo à Galeria do Rock, então muitas pessoas que compram nossos produtos vêm de lá e são jovens”, explica Thiago.
Thiago estuda Publicidade e Propaganda na Universidade Paulista (UNIP), onde cursa o quarto semestre. Ele se interessa por fotografia, até porque gostaria de fotografar para estampar seus produtos. Ele pretende fazer um extensivo ou um técnico de fotografia. Além da faculdade e do trabalho com os vinis, Thiago é guitarrista de uma banda de pop-punk / hardcore.
“Quem gosta ou tem uma banda nacional sabe que tem pouca coisa dessas bandas para os fãs usarem, então, eu aproveito que tenho banda para fazer estampas para esse público”.
Thiago nasceu, cresceu e até hoje mora no mesmo bairro e na mesma casa da Zona Leste de São Paulo. Mesmo morando em São Matheus a vida inteira, ele frequenta a cidade inteira por causa da banda.
“Estamos sempre correndo com divulgação, ensaios e shows por diversos locais da Capital e do ABC Paulista! São duas coisas que acabam se juntando em uma só: curtição por conta de fazer o que gosto, que é tocar, e também por divulgar meu trabalho por onde passamos”, finaliza.