Com 55% da população, negros representam 27% do Legislativo
No último domingo, 7, 444 candidatos pardos e pretos foram eleitos ao Legislativo. Apesar disso, 75% da nova Câmara é de deputados brancos
Apenas 4% dos deputados e senadores eleitos neste ano se autodeclaram pretos, segundo levantamento realizado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A porcentagem corresponde a 65 nomes das 1.626 vagas que ocuparão o Legislativo nos próximos quatro anos.
Segundo definição do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), pardos e pretos são considerados negros – e , a partir disto, somam 444 candidatos eleitos no último domingo, 7.
![Filha de empregada doméstica com um marceneiro, Olívia Santana (PCdoB), de 51 anos, foi a primeira mulher negra eleita para a Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) nas eleições deste domingo](https://catracalivre.com.br/wp-content/uploads/2018/10/olivia-santanajpgpagespeedic-jxjt6cofvu-450x253.jpg)
Os números expõem a situação de exclusão social e necessidade de reparação provocada pelo racismo no Brasil. Já que o número no Legislativo pode ser considerado inexpressivo se comparado ao fato de que 55, 9% dos brasileiros são declaradamente negros. Até 2018, 75% da nova Câmara será composta por deputados brancos.
Mulher indígena é eleita deputada federal
Em meio às pequenas conquistas garantidas, esta é a primeira vez que uma mulher indígena é eleita deputada federal. Com 8.267 votos, Joênia Wapichana (Rede-RR) foi eleita em Roraima ao Legislativo. Há 36 anos, em 1982, Mário Juruna, eleito pelo PDT, se tornou o primeiro indígena a chegar à Câmara dos Deputados.