Com covid, dono da Havan defende cloroquina e CoronaVac
O tratamento, no entanto, não tem eficácia comprovada cientificamente contra a doença.
O empresário bolsonarista Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan, deixou na noite desta quarta-feira, 20, o hospital Sancta Maggiore, , no bairro do Morumbi, zona oeste de São Paulo, onde estava internando com covid-19.
“Acabei de receber alta, graças a Deus. Parabenizo e agradeço toda equipe da @preventsenior que atendeu a mim, minha mãe e esposa com excelência. Fiz uma live mais cedo onde compartilhei a minha experiência com COVID. A vida é uma só e temos que lutar com todas as forças para preserva-la. Prefiro pecar pelo excesso do que errar sem ao menos tentar. Hoje o sentimento é de gratidão. Obrigado a todos pelas mensagens de carinho. Vocês me emocionam! Minha mãe segue internada e melhorando a cada dia, rezem por ela 🙏🏽 Fiquem bem e se cuidem. Um grande abraço!”, escreveu no Instagram.
Antes de receber alta, Luciano Hang usou as redes sociais para defender o uso de hidroxicloroquina, ivermectina e azitromicina como tratamento precoce contra o novo coronavírus.
O tratamento, no entanto, não tem eficácia comprovada cientificamente contra a doença.
A esposa Andrea e a mãe Regina Modesti Hang, 82 anos, também estão internadas no hospital do grupo Prevent Senior.
O empresário bolsonarista também defendeu o uso da vacina CoronaVac, mesmo após ter demonstrado desconfiança em relação ao imunizante chinês.
“Eu acredito na vacina, quem é que não vai acreditar na vacina?”, questionou Hang. “Prefiro pecar pelo excesso do que não fazer nada. Mas também acredito no tratamento precoce e preventivo”, completou o empresário bolsonarista em live no Instagram.
Assim como o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o empresário vem propagando o uso da hidroxicloroquina e da ivermectina como ‘tratamento precoce’ à covid-19. Os dois medicamentos não possuem eficácia comprovada por inúmeros estudos científicos.
Desde o início da pandemia, Luciano Hang vem fazendo discursos contra o isolamento social e já tentou burlar as regras para não precisar fechar suas lojas, tentando se passar por supermercado, por exemplo, considerado ‘serviço essencial’.