Com falta de chuva, SP volta a viver ameaça da crise hídrica

Nova crise hídrica? Sistema Cantareira opera 40,9 % do nível de armazenamento, abaixo do que antecedeu a escassez de 2014

Há mais de 30 dias sem Chuva, São Paulo revive a ameaça da crise hídrica que, em 2014 e 2015, atingiu milhões de moradores da capital paulista região metropolitana. No último domingo, o Sistema Cantareira operava com 40, 9% da sua capacidade, segundo informações da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).

Há cinco anos, quando surgiram os primeiros sinais de alerta sobre possíveis problemas com o abastecimento de água, o volume do Cantareira operava com 61, 5% de sua capacidade. Hoje, especialistas creditam o erro à má gstão do governo de Geraldo Alckimin, atual pré-candidato à Presidência da República.

Reservatório do Sistema Cantareira abastece 7,4 milhões de pessoas após a crise hídrica que atingiu o estado em 2014 e 2015

Alternativas sustentáveis e omissão das autoridades 

Em entrevista ao site da Rede Brasil Atual, a mestranda em Ciências Ambientais, Gabriele Canindé, destaca que a iminência de mais uma crise hídrica se justifica por duas razões: falta de estrutura e proteção aos mananciais da região. “A falta de estrutura e tratamento de água, proteção aos mananciais, isso traz o risco de crise hídrica. Agora, em comparação a 2014, estamos num estado de crise, só que o estado de São Paulo não a declara e a Sabesp finge que não acontece nada”, critica.

Ressalta ainda que, se não houver mudança no modelo de gestão, o cenário tende a piorar: “Se você não buscar melhoria de infraestrutura no próprio local a situação ficará complicada. Vamos viver uma crise atrás da outra. Daqui para frente, se continuar desta maneira, as coisas vão piorar. Não há tratamento dos canais hídricos como Tietê e Pinheiros, ou seja, vamos ter uma crise atrás da outra. Não dá mais para depender das chuvas”, acrescenta.

Reservatórios registram queda em todo o Estado 

Além do Cantareira, os índices dos outros cinco sistemas que abastecem a Grande São Paulo também tiveram queda  no nível de armazenamento: Alto Tietê: 53,8% da capacidade; Guarapiranga: 64,8% da capacidade; Alto Cotia: 61,5% da capacidade; Rio Grande:75,4% da capacidade; Rio Claro: 70,5% da capacidade. /Com informações da Rede Brasil Atual e portal G1.