Comissão da OEA pede medidas de proteção à viúva de Marielle

Alvo de ameaças e perseguições, Mônica Benício aguarda decisão do governo federal

Quase cinco meses após o assassinato de Marielle Franco (PSOL), Mônica Benício, viúva da vereadora, pediu proteção à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), órgão vinculado à Organização dos Estados Americanos (OEA).

Ao jornal O Globo, Mônica revelou ser vítima de ameaças, na rua e na internet, e até perseguição de carros. “Eu passei por um homem que me disse, aceita que ela morreu e cuidado porque tá falando demais, a próxima pode ser você”.

Mônica Benício fez o pedido após sofrer ameaças.
Créditos: Reprodução/G1
Mônica Benício fez o pedido após sofrer ameaças.

Assassinada em 14 de março, junto com o motorista Anderson Gomes, o caso é acompanhado pela comissão, que, no último dia 8 de maio, realizou uma audiência para cobrar respostas do governo brasileiro.

Na entrevista ao Globo, a arquiteta revelou que tem mantido contato com  o órgão, que a aconselhou a pedir proteção em virtude das ameças sofridas – inclusive nas redes sociais. Com o pedido aprovado, deve aumentar a pressão sobre o governo brasileiro por parte da OEA, que pediu adoção de ações para ”proteger os direitos à vida e à integridade pessoal”.

Além disso, a comissão solicitou as seguintes ações, com base no artigo 25 do Regulamento:

  • adote as medidas necessárias para assegurar que Mônica Benício continue exercendo suas funções de defensora dos direitos humanos sem ser objeto de ameaças, assédio ou atos de violência no exercício de suas funções;
  • acorde as medidas a serem adotadas com a beneficiária e seus possíveis representantes;
  • informe sobre as ações realizadas para investigar os fatos que levaram à adoção desta medida cautelar e, assim, evitar sua repetição. Com informações do G1.